Em coletiva de imprensa realizada na tarde dessa quarta-feira (28), o juiz eleitoral Celso Quim Filho falou sobre mudanças em alguns locais de votação em Parauapebas, além de falar do aplicativo e-Título – que só poderá ser baixado até sábado (1º) – e da vedação ao uso de celulares na cabine eleitoral, decisão que já estava em vigor nas eleições de 2020.
No início, o juiz falou sobre as mudanças nos locais de votação que, segundo ele, não tinham estrutura para receber os eleitores no domingo (2) – ainda que as escolas estejam tendo aulas ou igrejas funcionando normalmente. As mudanças ficaram da seguinte maneira:
– Escola Pingo de Gente para a Escola Irmã Dulce
Leia mais:– Escola Primavera II para a Escola Criança Esperança
– Igreja Assembleia de Deus (Nação Madureira e também Congregação Sião de Deus) para a Escola Dorothy
– Escola Estadual Marcule Massariol para o Instituto Federal do Pará (IFPA) – Campus Parauapebas
Os eleitores com dúvidas sobre o local de votação podem verificar no aplicativo e-Título, que estará disponível para download somente até o sábado, dia anterior à votação. Apesar do que tem sido compartilhado nas redes sociais, o aplicativo não é essencial no momento da votação, bem como o título de eleitor. É necessário, contudo, que o eleitor tenha em mãos um documento oficial com foto, que pode ser a carteira de identidade ou qualquer documento equivalente, ou certificado de reservista, carteira de trabalho e também a carteira nacional de habilitação (CNH).
Outra função do aplicativo é a ferramenta para justificar a ausência do pleito no dia da eleição, ou depois das eleições, caso o eleitor esteja fora do seu domicílio eleitoral. Uma aba “Onde Votar” aparece no aplicativo e nela é possível ter acesso a um mapa que mostra, exatamente, o local de votação. Documentos de quitação eleitoral e nada consta criminal eleitoral podem ser acessados também no e-Título. O aplicativo está disponível para Android e iOS e para acessá-lo não é necessário ter em mãos o número do título de eleitor, apenas o CPF.
O juiz também falou sobre as urnas eleitorais que, esse ano, tem uma pequena mudança, onde há uma espera de cerca de dois segundos após apertar o botão “confirma”, em que o eleitor pode ver o candidato e se certificar que está votando corretamente, para logo depois apertar o botão “confirma” e escutar o som característico.
Chegaram a ser compartilhados em grupos dos WhatsApp vídeos onde uma pessoa afirma que o voto será anulado caso o eleitor confirme o voto nesse momento de espera. A equipe de reportagem do CORREIO teve acesso aos testes das urnas eleitorais, onde pôde constatar que trata-se de desinformação, não havendo qualquer problema caso o eleitor aperte “confirma” no tempo de espera.
Ele relembrou, ainda, a sequência de votação, que esse ano será:
Deputado Federal (quatro dígitos)
Deputado Estadual (cinco dígitos)
Senador (três dígitos)
Governador (dois dígitos)
Presidente (dois dígitos)
Outro ponto de extrema importância destacado por Celso Quim foi a vedação ao uso de celulares na hora da votação. Esse ano, o eleitor deverá deixar o celular na mesa do mesário antes de ir à cabine eleitoral. Apesar de não ser permitido o uso de celulares desde eleições anteriores, a mudança tem como objetivo inibir que o eleitor seja pressionado a votar em candidato “x” ou “y” por seu empregador, por exemplo, e utilizasse o smartphone para comprovar o voto.
Kelly Ferreira, presidente da 106º eleitoral (Parauapebas), concedeu entrevista pedindo aos eleitores que, se possível, votem pela manhã e evitem deixar para a última hora. Aos que vão trabalhar no domingo (2), ela recomenda que tentem votar no horário de almoço, que é normalmente mais vazio.
O juiz eleitoral também falou sobre os indígenas Xikrin do Cateté, que terão uma sessão própria para realizar a votação, decisão tomada levando em consideração que a comunidade fica a mais de 300 quilómetros de Parauapebas. O aparelho BIGAN, que tem conexão via satélite, será utilizado para distribuir internet no local e realizar a transmissão da votação na aldeia.
Quanto à campanha eleitoral, no dia da votação, serão vedadas aglomerações de vários eleitores de um mesmo candidato ou carros de som, sendo permitida apenas a chamada “propaganda silenciosa”, aquela feita de maneira individual, seja com camisas, broches ou outros itens de uso pessoal. As irregularidades podem ser denunciadas por meio do aplicativo Pardal ou entrando em contato pelo Disque Eleitor, nos números (91) 3346-8130, (91) 3346-8343 e (91) 98405-5228. (Clein Ferreira)