Mais uma mulher é vítima de um possível caso de violência obstétrica no Hospital Geral de Parauapebas (HGP). Desta vez, infelizmente, o resultado foi fatal: Manuela da Silva Sousa, de 33 anos, morreu durante um procedimento de parto, logo após dar à luz seu primeiro filho, na última segunda-feira (19).
Os familiares da paciente alegam que Manuela não tinha condições de ter o filho de parto normal. Mesmo assim, segundo eles, a parturiente foi obrigada a passar pelo procedimento. Jairon, o marido, conta que a esposa sofreu muito para ter a criança e que, após o parto, ela reclamava o tempo todo de dores de cabeça.
Ele afirmou, ainda, que a equipe médica demorou muito para perceber que algo de errado estava acontecendo e somente quatro horas após o parto foi constatado que Manuela estava com hemorragia interna – a causa do seu óbito. Outro fato que deixou a família intrigada é que o laudo com a causa da morte foi apontado pelo hospital, sem passar pelo Instituto Médico Legal (IML).
Leia mais:De acordo com os familiares, Manuela não apresentava qualquer queixa ao dar entrada na maternidade. Antes de falecer, ela ainda teve a oportunidade de ter, em seus braços, o pequeno Benjamin.
NOTA DA PREFEITURA
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informa que a paciente deu entrada no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) no último dia 19 de setembro.
O atendimento ocorria dentro da normalidade até que a paciente evoluiu com quadro de hipertensão súbita e parada cardiorrespiratória.
Foi imediatamente iniciado as medidas cabíveis e necessárias seguindo todos os protocolos que preconiza o Ministério da Saúde, porém a paciente não resistiu e veio a óbito.
(Clein Ferreira)