A corda do Círio de Nazaré chegou a Belém nesta quinta-feira (22). Um dos ícones da festa religiosa, deve passar por vistoria ainda esta semana antes de ser usada no Círio, em outubro.
O item liga a berlinda da imagem de Nossa Senhora de Nazaré aos devotos e tem 800 metros. Durante as procissões, os devotos e promesseiros tentam tocar na corda.
A corda de sisal é produzida em Penha, no Litoral norte de Santa Catarina, e levou 15 dias para chegar, sendo transportada pelas estradas da região Sul até a capital paraense.
Leia mais:Por causa da pandemia de Covid-19, nos últimos anos, ela apenas foi exposta aos fiéis, sem procissões da transladação, na noite de sábado, e também no domingo, dia do Círio. A corda tem 50 milímetros de diâmetro e é dividida em duas partes de 400 metros, para ada dia de círio.
Com a volta das procissões este ano, a expectativa é grande entre organizadores da festa e fiéis para este ano.
“A nossa expectativa é grande para utilizá-la nas duas procissões, estamos trabalhando com esta intenção, mas é claro que para isso se confirmar precisaremos analisar o cenário da saúde e as diretrizes dos órgãos de segurança mais próximo das procissões”, informou Antônio Sousa, diretor de procissões.
História
A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda.
Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis. Ela permanece adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.
(Fonte:G1)