As senadoras Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência, e Mara Gabrilli (PSDB-SP), candidata a vice, confirmaram, nesta terça-feira (2), a primeira chapa entre partidos com representatividade no Congresso formada integralmente por mulheres na história das eleições para presidente do Brasil.
Confirmada na última quarta como candidata à Presidência, na convenção do MDB, Tebet é a nona mulher a disputar a Presidência – depois dela, Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU) – essa última, que já havia disputado o cargo em 2018 – também foram aprovadas por seus partidos.
Já a chapa entre Tebet e Gabrilli, que formam parte da bancada feminina no Senado, é a terceira 100% feminina da história brasileira desde a redemocratização – a primeira, no entanto, a ser composta por partidos que estão representados no Congresso
Leia mais:A composição da chapa foi confirmada em evento no diretório estadual do PSDB, em São Paulo, nesta terça. Os presidentes dos partidos, Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania), que formam a coligação, também estavam presentes.
A decisão de indicar Gabrilli à vaga ocorreu após a desistência do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), citado por Tebet como seu favorito para o cargo, de ocupar o posto de candidato a vice-presidente. Tasso também prestigiou o anúncio da chapa nesta terça.
Araújo, Tasso e Freire foram os primeiros a discursar no evento, comentando a composição entre Simone Tebet e Mara Gabrilli.
Outras chapas 100% femininas
No pleito de 2006, o PRP foi às urnas com uma chapa composta pela cientista política Ana Maria Rangel, candidata a presidente, e a advogada Delma Gama, candidata a vice. Na ocasião, elas receberam 0,13% dos votos válidos e, entre as oito candidaturas, terminaram o pleito na quinta colocação.
A segunda chapa inteiramente feminina foi confirmada no domingo (31). A operária Vera Lúcia (PSTU), candidata à Presidência da República, tem como vice a indígena Kunã Yporã (Raquel Tremembé), da etnia Tremembé, do Maranhão.
No entanto, diferentemente do MDB e do PSDB, o extinto PRP, partido de Rangel e Gama, não tinha representatividade no Congresso em 2006 – mesmo caso do PSTU atualmente.
Dez candidatas à Presidência desde a redemocratização
A participação de mulheres como candidatas à Presidência começou com a advogada Lívia Maria, em 1989. Naquela ocasião, eram 21 candidatos homens e apenas a advogada disputando o pleito, que acabou sendo vencido por Fernando Collor (PRN). À época filiada ao PN (Partido Nacionalista), Lívia ficou na 16ª colocação, com 0,26% dos votos válidos.
Veja a lista de mulheres que disputaram a Presidência
- Lívia Maria (1989)
- Thereza Ruiz (1998)
- Heloísa Helena (2006)
- Ana Maria Rangel (2006)
- Dilma Rousseff (2010 e 2014)
- Marina Silva (2010, 2014 e 2018)
- Luciana Genro (2014)
- Vera Lúcia (2018 e 2022)
- Simone Tebet (2022)
- Sofia Manzano (2022)
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
(Fonte:CNN)