Correio de Carajás

Terra Parakanã: PF encontra 3 corpos que podem ser dos caçadores sumidos

A Superintendência da Polícia Federal no Pará confirmou que as equipes de busca formadas por forças federais encontraram na manhã deste sábado (30/4), três corpos dentro da reserva indígena de Parakanã. Ainda segundo as autoridades não é possível confirmar se os corpos são de Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara, moradores de Novo Repartimento, desaparecidos desde 25 de abril, enquanto caçavam naquelas terras.

“Exames periciais estão sendo realizados, no local, por peritos criminais federais do Pará e de Brasília, sendo que a necropsia e identificação dos corpos serão realizadas por médicos legistas da Polícia Científica do Pará (em Marabá) e peritos criminais da Polícia Federal, para onde os corpos serão levados”, diz o informe da Superintendência do Pará.

A investigação da PF contou com o apoio da Força Nacional de Segurança, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e Polícia Rodoviária Federal, num esforço que envolve 150 homens.

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Foto: Reprodução

ENTENDA

O juiz federal Heitor Moura Gomes, da Subseção Judiciária de Tucuruí, havia assinado ordem de busca e apreensão na área da Reserva Indígena Parakanã, em Novo Repartimento, para encontrar os três caçadores que estão desaparecidos dentro da área desde o domingo (25). A ordem judicial também determina a desobstrução do trecho interditado da BR-230 (Transamazônica), que foi ocupada um dia depois do desaparecimento. As buscas serão feitas pela Polícia Federal e Força Nacional.

A decisão judicial foi divulgada na noite desta quinta-feira (28), quatro dias depois do desaparecimento de Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara. Agora, os familiares e amigos dos rapazes, assim como moradores da área, que estavam ocupando a pista, liberaram o tráfego dos veículos, mas mantém acampamento nas imediações da Ponte do Peixe Frito, aguardando o resultado das buscas.

Segundo a decisão, as buscas se faziam necessárias porque existe o perigo iminente de conflito entre moradores da região e indígenas, que são acusados de estarem mantendo os caçadores em cárcere privado ou mesmo terem tirado a vida deles. Os indígenas negam a acusação, mas enquanto o caso não for desvendado o clima permanece instável entre as duas partes.

A ordem de busca e apreensão se estendia a toda a área de 325 mil ha da Reserva Parakanã, composta pelas aldeias Paranatinga, O’Ayga, Paranowaona, Itaoenawa, Itaygara, Paranoawe, Paranoita, Paranoa, Maroxewara, Inaxyganga, Itapeyga, Paranoema, Itaygo’a, Inatarona, Xaraira, Xataopawa, Parano’ona e Arawayaga. (Da Redação)