A tarde de domingo (10) foi de luto e homenagens na Polícia Militar, em Marabá. A tropa prestou honrarias ao soldado Hudson Thiago Lima, de 27 anos. Depois da homenagem, o corpo do policial seguiu para o município de Estreito (MA), onde ele foi sepultado nesta segunda-feira (11).
Ele foi assassinado a tiros durante uma festa na cidade de Augustinópolis (TO), a 170 km de Marabá. O acusado é o policial penal Leonildo Souza Cruz, lotado em Marabá, que foi preso em flagrante. O crime aconteceu em uma festa na pequena cidade do extremo norte tocantinense, na madrugada de domingo.

Na ocasião, o criminoso baleou outro policial, Ronaldo Macêdo, que estava com Lima. Ele foi alvejado no abdômen e teve de passar por cirurgia, mas sobreviveu. Até ontem Macêdo permanecia estável, sob observação no Hospital Regional de Marabá.
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Nos quadros da Polícia Militar desde 2017, soldado Lima estava lotado atualmente no município de São João do Araguaia. Ele havia sido aprovado recentemente no curso de Força Tática e seria integrado ao efetivo da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (1ª CIME).
O crime
Ontem pela manhã, o 2º Comando de Policiamento Regional (CPR-II) anunciou ter recebido informações de que os dois policiais estavam na comemoração do aniversário de um familiar e se divertiam em uma pizzaria da cidade, ocasião em que aconteceu uma confusão envolvendo um conhecido deles e outro indivíduo.
Essa pessoa saiu do local e voltou com Leonildo (o policial penal) e mais outro. O agente público já chegou atirando e atingiu os dois policiais, assim como outras três pessoas: um homem e duas mulheres.
O policial penal foi preso já na cidade de Axixá (TO), a pouco mais de 20 km de distância. Ele portava uma pistola, provavelmente a arma do crime. Outros dois envolvidos foram presos, mas um acabou sendo liberado.

Procedimentos
Na tarde de domingo, enquanto o PM morto recebia homenagens da tropa, em Marabá, o policial penal era transferido para o presídio Barra da Grota, em Araguaína (TO), por medidas de segurança.
Em nota, enviada ontem à tarde a este CORREIO, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) confirmou que o policial penal está sob custódia do sistema penitenciário do Tocantins e seguirá à disposição da Justiça daquele Estado.
“A SEAP reitera, ainda, que repudia qualquer ato de violência praticado por seus servidores e que já acionou a Corregedoria do órgão para que seja aberto Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), ao qual o servidor responderá em paralelo ao processo judicial”, diz a nota oficial da SEAP.
(Chagas Filho e Evangelista Rocha)