Ângela Vitória Silva, de 16 anos, mora na Folha 34, e Sérvulo Ruam de Sousa, de 15, mora na Folha 33. Esses dois jovens não têm nada em comum, a não ser o fato de que estão desaparecidos. Os dois casos não têm relação nenhuma, mas ambos são um mistério para a polícia.
O caso de Ângela Vitória é o que a polícia tem menos informações até o momento. Ela saiu de casa há duas semanas e não deu notícias. Sua mãe, Regina Pinto Silva, fez vários apelos às autoridades, mas praticamente já perdeu as esperanças de encontrar a filha do com vida. Mais que isso: que ela pode ter sido assassinada.
“Não suporto mais essa dor. Ela tem família. Minha filha é um ser humano… Eu não quero me vingar de ninguém, não quero me esconder de ninguém, não me interessa saber quem fez isso com ela. Só quero saber onde está o corpo dela”, suplica Regina, ao acrescentar que teve acesso a um vídeo onde a filha aparece dentro de uma canoa, desacordada e não é possível saber se ela está viva ou morta.
Leia mais:O desaparecimento dela foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (CIAM), mas a direção da pasta entendeu que o desaparecimento de Ângela não tem relação direta com o fato de ela ser menor de idade e remeteu o caso à Superintendência Regional de Polícia Civil, que investiga o caso.
Sequestro
A situação do adolescente Sérvulo Sousa é, de certa forma, ainda mais preocupante. Conforme divulgado em nossa última edição, ele foi sequestrado por homens armados, que usaram um veículo de aplicativo, cujo motorista foi obrigado a dirigir o veículo e participar do sequestro.
Isso ocorreu no dia 24 e, desde então, não se tem mais notícia sobre o paradeiro dele. A polícia diz ter uma linha de investigação, mas não informou qual seria. Por outro lado, a reportagem apurou que o sequestro dele pode ter relação com guerra entre facções.
SAIBA MAIS
Informações que podem ajudar a localizar os adolescentes podem ser repassadas ao Disque Denúncia Sudeste do Pará, que funciona 24 horas, por meio do telefone fixo (94) 3312-3350, WhatsApp (94) 98198-3350 e o APP Disque Denúncia Sudeste do Pará, em ambos os canais o denunciante tem o anonimato garantido.
(Chagas Filho)