Correio de Carajás

Sindicom vê possível golpe em edital para criar novo sindicato em Marabá

Um edital publicado nos últimos dias convocando comerciantes para a reunião que criaria uma nova entidade de classe em Marabá pode ter sido apenas uma estratégia para aplicação de golpe na praça. É que na data e no endereço divulgados nada ocorreu, embora pessoas interessadas em saber do que se tratava tenham comparecido. Tal publicação feita em jornal com circulação regional, convocava para uma assembleia geral extraordinária para re-ratificação da fundação do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Marabá (Superma).

De acordo com o edital, a assembleia deveria ocorrer às 10h30 da manhã desta quarta-feira (12), em um endereço na Nova Marabá. Interessados no assunto, representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Marabá (Sindicom) estiveram no local e no horário indicados, mas deram de cara com uma residência comum, onde havia apenas uma pessoa, sem camisa, que sequer abriu a porta aos visitantes.

Além dos representantes do Sindicom, também foram ao endereço advogados da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e também uma notariante de um cartório de registros de Marabá.

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A reportagem deste CORREIO também esteve no endereço no período da tarde, para tentar conversar com algum morador da casa, pois o endereço pode ter sido usado sem o consentimento dos proprietários. Mas a residência estava fechada, de modo que ninguém atendeu o repórter.

Antônio Alves da Costa Neto, presidente do Sindicom, foi quem procurou a reportagem do CORREIO e denunciou o fato intrigante e que na visão dele pode ter sido uma simples e pura tentativa de golpe, usando a credibilidade dos jornais diante de um edital.

Neto destaca aos comerciantes do setor em Marabá que fiquem em alerta caso futuramente recebam visitas de alguém se intitulando representante da autointitulada Superma, pois pode se tratar de fraude, em geral aplicada com a cobrança de valores e filiação. Os varejistas de gêneros alimentícios seguem representados em Marabá pelo próprio Sindicom.

Diante da situação, a providência tomada foi elaboração de uma ata pelo agente notário do cartório, com o registro de tudo que se passou ontem, para deixar claro que nenhum sindicato foi fundado nessa data. (Chagas Filho)