Kevin Strickland, de 62 anos, foi solto nessa terça feira (23/11) após passar mais de 40 anos preso, ao ser condenado injustamente por triplo homicídio em 1979, em Kansas City, nos EUA.
“Não estou necessariamente zangado. Isso é muito. Eu acho que criei emoções que vocês ainda desconhecem”, ele contou a repórteres quando deixou a prisão estadual do Departamento de Correções do Missouri. “Alegria, tristeza, pesar, medo. Estou tentando descobrir como colocar todas essas emoções juntas”, disse.
Após sofrer a injustiça, ele diz que gostaria de “se envolver em esforços para que isso não ocorra com outras pessoas”. E afirma que o sistema judiciário “precisa ser demolido e refeito”.
Leia mais:Os assassinatos aconteceram quando Kevin tinha apenas 18 anos. Ele sempre afirmou ser inocente e que estava em casa assistindo à televisão na hora das mortes. Mesmo assim, foi condenado pelas mortes de Larry Ingram, 21; John Walker, 20; e Sherrie Black, 22, em uma casa em Kansas City.
A reabertura do caso foi conduzida pelo juiz James Welsh e solicitada por um promotor do condado de Jackson, que afirmou que as evidências usadas para condenar Strickland haviam sido refutadas. Após maior observação, ficou claro que nenhuma evidência física ligava-o à cena do crime e que uma testemunha essencial para sua condenação se retratou antes de sua morte.
“Dizer que estamos extremamente satisfeitos e gratos é um eufemismo” disse Jean Peters Baker, o promotor que pediu a reabertura do processo. “Isso, finalmente, traz justiça para um homem que tragicamente sofreu tão tão grandemente como resultado dessa condenação injusta”, afirmou o promotor.
(Fonte: Metropoles)