Somente nesta segunda-feira (1º) foi identificado formalmente o homem encontrado morto na manhã de sábado (30), na Avenida Getúlio Vargas, Velha Marabá. Trata-se de Guilherme Nunes Silau, morador da Folha 22 (Nova Marabá), vítima de hemorragia intracraniana. Mas, por enquanto, as informações colhidas pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil, são escassas, pois está imperando a lei do silêncio.
“Algumas pessoas (foram) ouvidas hoje (ontem) pela manhã. Entretanto, silêncio absoluto”, declarou o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Esse silêncio pode ter relação com o local onde Guilherme foi achado morto: final da Avenida Getúlio Vargas, na entrada do bairro Vila Canaã, mais conhecido como “Vila do Rato”, local onde o tráfico de drogas é intenso.
Essa lei do silêncio já era algo previsto por uma guarnição da Polícia Militar, primeira autoridade a chegar ao local. “Aparentemente é usuário de drogas, mas nessa área aqui dificilmente a gente vai conseguir informação”, declarou o cabo Janison, da PM.
Leia mais:Diante desse silêncio provocado pelo medo que as pessoas têm de denunciar ocorrências naquela região da cidade, o delegado Toni Vargas orienta as pessoas a entrarem em contato por meio do nº 181, que garante o anonimato do denunciante, ou também pelo Disque Denúncia, pelo fixo (94) 3312-3350, ou pelo WhatsApp (94) 98198-3350, ou ainda pelo aplicativo Disque Denúncia Sudeste Pará. Em todos os casos o anonimato é garantido.
O crime
De acordo com Toni Vargas, a Delegacia de Homicídios foi comunicada, via equipe plantonista da 21ª Seccional, sobre um homicídio na Avenida Getúlio Vargas. Foi verificado que a vítima era do sexo masculino, sem identificação naquele momento, que possuía uma lesão na região da cabeça, possivelmente por objeto contundente.
No local, nossa equipe também conversou com o cabo PM Janison, que atendeu à ocorrência. Ele explicou que a Polícia foi acionada por volta das 5h45 da madrugada, via NIOP-190. Segundo o PM, quando a guarnição chegou ao local era visível perceber a lesão no crânio. As providências tomadas foram as de praxe: isolar o local do crime até a chegada do IML e da Polícia Civil.
(Chagas Filho e Evangelista Rocha)