Nesta terça (26) e quarta-feira (27) o Instituto Miguel Chamon muda de endereço, mas continua atendendo a população do Complexo VS-10.
Os caminhões que funcionam como consultórios estarão na Rua Abaeté, esquina com Avenida Alzira Camilo, realizando consultas com clínico geral, dentista e oftalmologista, além de exames de ultrassonografia e doação de óculos.
O projeto social chegou ao complexo no domingo (24) e se instalou na Rua Rio do Ouro, próximo à Escola Mario Lago, onde segue atendendo nesta segunda (25).
Leia mais:Conforme a coordenadora do Instituto, Amanda Cavalcante, está sendo realizada a média de 400 atendimentos diários em Parauapebas, onde as ações iniciaram no Residencial Alto Bonito e já passaram pelas regiões dos bairros Tropical, Altamira e Liberdade.
“A procura tem sido muito alta desde o início. Hoje completamos 13 dias de atendimentos e quanto mais os dias passam mais a procura aumenta. Aqui (VS-10) não está sendo diferente, é o nosso segundo dia nessa localização e como é um bairro muito grande dividimos em dois pontos para fazer o atendimento”, explica.
Segundo ela, mesmo com chuva, as pessoas compareceram em massa nos locais de atendimento ao longo do final de semana. “Está sempre bem movimentado, sempre as pessoas buscando se informar e chegando já um dia antes para garantir o atendimento para o dia seguinte”, diz, explicando que é montada uma estrutura para oferecer conforto aos usuários.
“O atendimento acontece de forma espontânea, a procura é livre. Há uma estrutura com cadeiras para as pessoas sentarem e para cada atendimento tem uma quantidade de senhas. Às 6 horas da manhã a gente faz a entrega de senhas para quem já está sentado, aí faz o cadastro de cada paciente e iniciamos o atendimento por volta das 8 com os médicos. Temos duas unidades funcionando simultaneamente, cada uma com uma equipe de médicos”.
De acordo com a coordenadora, o serviço mais procurado é o oftalmológico, principalmente devido ao alto custo do par de óculos, que pelo instituo é doado. “É o nosso carro chefe. A procura é sempre maior porque, além da consulta, caso o paciente precise de óculos, nós temos uma ótica que nos acompanha e aqui mesmo ele já escolhe os óculos e os recebe de 30 a 40 dias. Esse é o diferencial”, diz.
Ela explica que, posteriormente, serão agendados dias e horários para a entrega dos óculos e a divulgação ocorrerá pelas redes sociais do instituto e do deputado Chamonzinho (MDB), idealizador do projeto.
Na quarta-feira será o encerramento da ação em Parauapebas, onde completará 15 dias de atendimento. Em seguida, os caminhões partem para outra cidade. “Estamos há sete meses fazendo a ação e já passamos por 29 cidades, aqui é a 30ª”, conta.
Manoel Almeida de Moraes, de 57 anos, procurou o instituto nesta segunda em busca de um exame de ultrassom para tentar identificar o que vem causando dores nas costas e nos quadris. “Sinto um incômodo e quero identificar se é no rim, ou nas costas. Esse atendimento é muito bom porque vemos muita gente necessitada aqui. Chegou em boa hora”, diz o trabalhador informal. Ele acrescenta que exames desta natureza demoram muito no sistema público de saúde. “Isso aqui é muito bom porque o atendimento é rápido e é à domicilio, quase chega na casa da gente. Ainda tem a tranquilidade de ter cadeira pra sentar, sombra, uma água pra beber…”.
Leinda Rodrigues da Luz Moraes, de 47 anos, também aguardava pelo mesmo exame. “A gente é agricultora e é fraca de condição, então resolveu vir fazer porque se for pagar é muito caro. O atendimento aqui é muito bom, estamos gratos a Deus e a estas pessoas que nos atendem aqui tão bem”. (Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto)