Correio de Carajás

PM nega que tenha coagido ocupantes no Cidade Jardim

Vídeo mostra viatura policial atirando para cima próximo a acampamento de cerca de 600 famílias; Comandante nega coação

Em vídeo registrado nesta segunda-feira (20) por um dos sitiantes do acampamento na nona fase da implantação do projeto Cidade Jardim, em Parauapebas, viaturas policiais teriam sido usadas para coagir as quase 600 famílias ali assentadas. O movimento nomeado Dignidade Para Morar alega ter tido a palavra do prefeito Darci Lermen ao ser desocupado de outra área  próxima ao bairro Jardim Tropical, em que daria um parecer oficial às famílias.

No vídeo, é possível ver ao fundo, no limite de uma barricada feita pelo movimento, duas caminhonetes; uma delas aparenta ser uma viatura policial, enquanto outra seria também um veículo pertencente à administração pública, que estava “à paisana”, segundo relatos dos sitiantes. Fogos de artifícios foram acesos de forma reativa à coação imposta, enquanto também é possível ver crianças na filmagem.

O Portal Correio de Carajás esteve no local após o incidente, e a posição das famílias continua a mesma: eles querem que o líder do executivo em Parauapebas dê uma resposta a como vai lidar com o enorme contingente de pessoas, como alegadamente prometeu fazer.

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Uma reintegração de posse estava marcada para a última quinta-feira (16), mas o movimento Dignidade Para Morar não saiu de sua posição, uma vez que permanece ignorado pela Prefeitura Municipal de Parauapebas.Agora, a ocupação já dura mais de uma semana, e deve persistir enquanto não for auxiliada pela administração pública.

POSICIONAMENTO OFICIAL

O Portal Correio de Carajás, novamente, solicitou nota oficial à Assessoria de Comunicação da PMP para esclarecer a situação, mas não houve resposta até o fechamento da pauta.

No entanto, foi contatado o tenente-coronel Gledson Melo de Souza, comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar de Parauapebas. O líder da Polícia Militar no município disse que não identificou coação por parte das viaturas no vídeo, e caso as famílias sintam-se no direito, devem procurar a polícia para realizar uma denúncia. (Juliano Corrêa)