Embora tenha sido aprovada a sua abertura, não há consenso na Câmara Municipal de Marabá para a CPI da Vale e da Buritirama. Uma ala de vereadores tradicionais vê com cautela a tentativa de pressionar as mineradoras, inicialmente, por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O que se pretende, segundo um dos ouvidos pela Coluna, é dialogar com as empresas para que implementem os projetos previstos para o município, como asfaltamento da Estrada do Rio Preto e a garantia de que a Ferrovia do Pará terá marco zero em Marabá.
Ainda na Câmara de Marabá, a badalada Comissão Especial de Desenvolvimento Socioeconômico vai dialogar na próxima quarta-feira, dia 8 de setembro, com o vice-presidente da Sinobras, Ian Corrêa, que vai falar sobre o projeto de expansão daquela que é a maior empresa privada de Marabá e que paga uma das maiores faturas de energia elétrica no Pará, gerando grande volume de recursos em ICMS.
A Sinobras, aliás, tem projeto em parceria com a Vale que está sendo gestado para ser lançado em breve. É esperar parar ver se o executivo do Grupo Aço Cearense vai revelar detalhes do novo projeto de verticalização do minério.
Leia mais:Participando na última quinta-feira, 2, do Podcast Lugar de Debates, da Câmara Municipal de Marabá, o secretário municipal de Obras, Fábio Moreira, revelou que o projeto básico da terceira ponte sobre o Rio Itacaiunas só deve ficar pronto em dezembro deste ano. Depois disso, será feita a licitação para contratação de empresa para execução da obra, o que deve ocorrer no início do verão de 2022, caso não haja atropelos no edital.
Sobre as obras de contenção no encontro dos rios Tocantins e Itacaiunas, num prolongamento da Orla, Fábio Moreira explicou que a construção de um mirante não está licitada ainda, o que deve ocorrer em breve. Por enquanto, está sendo feita a urbanização do espaço já construído.
Os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), que investiga as atividades da mineradora em solo paraense, viajam nesta quinta–feira (02) para averiguar de perto as instalações e operações do Complexo Siderúrgico do Pecém (CSP), instalado desde 2016, em São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará.
A Companhia Siderúrgica do Pecém é uma joint venture binacional formada pela brasileira Vale (50% de participação) e pelas sul-coreanas Dongkuk (30%), maior compradora mundial de placas de aço; Posco (20%), 4ª maior siderúrgica do mundo e a primeira na Coréia do Sul. Com investimentos da ordem de US$ 5,4 bilhões, a CSP é a primeira usina integrada no Nordeste e a trigésima instalada no Brasil.