Uma história de solidariedade e abnegação está emocionando moradores da Quadra 07 da Folha 16, onde a idosa Doralice da Silva Sales está ganhando a construção de sua casa feita por voluntários no terreno que já lhe pertence. Ela hoje ocupa uma pequena porção da área, onde mora em um barraco de madeira apertado, com apenas dois cômodos, com quatro netos. A família vive em condições precárias uma vez que a mulher não tem benefícios ou aposentadoria, e se vira com faxinas e lavagem de roupa fora de casa para sobreviver.
Ao tomar conhecimento da situação e diante do pedido de dona Dora, o empresário construtor Ivan Ribeiro Simões atendeu ao clamor da idosa e está liderando os esforços, com mais quatro amigos, voluntariamente, para erguer uma casa de alvenaria para a mulher.
A obra teve início esta semana e a ideia é concluir em no máximo dois meses, ao final contando com sala e três quartos. “Será o quarto dela, e um para os netos homens e outro para as meninas, uma vez que hoje dormem todos no mesmo cômodo”, explica Ivan. O terreno de 10×30 metros fica nos fundos do Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.
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Divulgando a situação e a iniciativa na internet, pelo seu Facebook, além do contato com amigos empresários, Ivan já conseguiu algumas doações de material como as ferragens, areia e 10 sacos de cimentos doados. Entre os colaboradores, o empresário Reginaldo, da União Transportes e a empresa Areal Paraná, que doou seixo e areia. Outros colaboradores ajudaram anonimamente. Mesmo assim, Simões pontua que continua aceitando ajuda para isso.
SEGUNDA CASA
Esta já é a segunda vez que Ivan Simões se envolve com a construção de uma casa de família carente. A primeira foi no ano passado, quando ele salvou um casal de idosos que vivia em barraco escorado em uma outra casa na Folha 10. Ele também conseguiu apoio para a construção de um lar para dona Maria e o esposo via redes sociais, divulgando a situação deles e o pedido de socorro. Rapidamente surgiram pessoas interessadas em ajudar.
Na ocasião, um policial militar vizinho cedeu um cômodo para abrigar o casal até que a construção fosse concluída. No barraco onde eles viviam, aliás, nem banheiro tinha, rememora o voluntário. A obra durou 60 dias.
Foi por saber disso que dona Dora o procurou. O envolvimento de Ivan Simões com isso, aliás, já lhe rendeu apelido na sua vizinhança de “João de Barro”. (Da Redação)