O Departamento de Homicídios já iniciou as investigações para tentar desvendar a morte do motorista por aplicativo, Manoel Messias Rocha Paixão, 34 anos. Ele é mais uma vítima dos muitos assassinatos que vêm ocorrendo em Marabá, principalmente do mês de abril pra cá. Vítima de uma facada na nuca, o corpo dele foi encontrado dentro do carro que trabalhava na manhã de ontem (10), na Rua São Luís, por trás da Escola Geraldo Veloso, no Belo Horizonte (Núcleo Cidade Nova), em Marabá.
Messias, como era mais conhecido, havia se mudado de Marabá há cerca de três anos e, durante esse período, morou no Estado do Ceará e também no Estado de Goiás. Há informações de que ele passou esse período fora da cidade por se sentir ameaçado, diante do assassinato de pessoas conhecidas dele e que lidavam com questão fundiária urbana.
Mas a Polícia Civil não confirmou e nem descartou essa linha de investigação. Delegado Toni Vargas, titular do Departamento de Homicídio, e seus comandados seguem discretos na investigação, como tem que ser.
Leia mais:O crime
O corpo de Messias estava dentro do carro em que ele trabalhava, um Mobi de cor prata. De acordo com informações obtidas pela equipe de Reportagem do CORREIO, Manoel pegou o carro para trabalhar por volta das 17 horas de domingo (9).
A última mensagem que ele mandou para os amigos, motoristas de aplicativo, foi à meia noite e 46 minutos, sendo que a última visualização no WhatsApp se deu às 2h40 da madrugada.
Segundo relatos, um morador das redondezas viu o carro estacionado, mas não suspeitou de nada, a princípio, já que muitos veículos ficam parados naquele local. Somente minutos depois, outro morador passou ao lado do veículo e viu o corpo de Manoel ensanguentado dentro do carro.
A Polícia Militar esteve no local e, logo em seguida, a Polícia Civil chegou junto com a equipe Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos cabíveis. Manoel era morador do Bairro Belo Horizonte e residia bem próximo do local do assassinato.
Lei do silêncio
A Reportagem tentou conversar com colegas de profissão, que estiveram no local acompanhando o trabalho policial. Eles preferiram não gravar entrevista sobre o assunto, mas se mostraram bastante surpresos, emocionados e também revoltados com o assassinato do colega.
Também tentamos conversar com familiares dele que estiveram no local do crime, mas da mesma forma eles também não conversaram com a Imprensa sobre o caso.
Havia esperança de que câmeras de circuito interno de segurança pudessem ter filmado o algoz do rapaz, mas as das casas mais próximas não possuíam equipamento de gravação, apenas imagem em tempo real. (Chagas Filho)