A ONU salienta que o acesso ao fentanil e ao tramadol para usos medicinais é vital para o tratamento da dor crônica — o problema é a venda ilegal, com danos consideráveis à saúde.
Em outros países, diz a ONU, calmantes com tarja preta como os benzodiazepínicos também têm provocado mortes por overdoses e são um problema de saúde pública.
Das 450 mil mortes relacionadas a drogas em 2015, a maior parte (167.750), ocorreu por overdose, diz a ONU. Outras mortes estão indiretamente associadas, como HIV e Hepatite C adquiridas pelo uso de drogas injetáveis.
A circulação de medicamentos está em consonância com o peso que as drogas por receita está tendo nas mortes totais por drogas – segundo a ONU, a apreensão global de opioides farmacêuticos em 2016 foi de 87 toneladas, aproximadamente a mesma quantidade de heroína apreendida naquele ano.
Colômbia é a maior produtora de cocaína
Na outra ponta, a circulação de drogas ilícitas também está crescendo. “A manufatura global de cocaína alcançou, em 2016, seu nível mais alto de toda a história, com uma estimativa de produção de 1.410 toneladas”, diz a ONU.
A Colômbia, segundo a entidade, continua sendo a maior produtora mundial. Regiões como África e Ásia, no entanto, estão emergindo como centros de tráfico e consumo da droga.
Também segundo a ONU, de 2016 a 2017, a produção global de ópio aumentou 65%, atingindo 10.500 toneladas.
Maconha é a droga mais consumida
O relatório aponta que 275 milhões de pessoas relataram o uso de drogas pelo menos uma vez em 2016. Dessas, 31 milhões relataram problemas e disfunções com o uso. “Isso significa que o uso é prejudicial ao ponto de ser necessário tratamento).
O relatório concluiu também que o uso de drogas e os danos associados a ele são os mais elevados entre os jovens em comparação aos mais velhos. No entanto, o uso de drogas entre a geração mais velha (com 40 anos ou mais) tem aumentado a um ritmo mais rápido do que entre os mais jovens.
Relatório da entidade também mostrou que homens são os que mais usam drogas — embora as mulheres tenham padrões mais específicos de uso, com o uso mais elevado de calmantes. Elas representam 1 em cada cinco pessoas em tratamento. (Fonte:G1)