O apresentador de TV dos Estados Unidos Larry King morreu, neste sábado (23), aos 87 anos. King comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN americana há mais de 25 anos.
“É com profundo pesar que a Ora Media anuncia a morte de nosso co-fundador, apresentador e amigo Larry King, que morreu nesta manhã aos 87 anos no Centro Médico Cedros Sinai de Los Angeles”, diz um comunicado publicado em seu perfil oficial no Twitter.
O apresentador estava internado desde o início do mês por conta de complicações do coronavírus. Ele tinha tem diabetes tipo 2, um dos fatores de risco para a Covid-19, e retirou um câncer de pulmão em 2017.
Leia mais:Com mais de 60 anos de carreira, King começou sua trajetória profissional como locutor esportivo em uma rádio local no estado da Flórida.
No ano passado, King apresentou seu talk show “Larry King Now”, participou do programa de notícias “Extra”, do seriado “Maxxx” e de dois especiais de TV, além de ter produzido quatro episódios da série “In Case You Didn’t Know with Nick Nanton”.
“Larry sempre viu seus entrevistados como verdadeiras estrelas de seus programas, e ele mesmo como um canal imparcial entre o convidado e o público”, disse sua produtora, Ora Media, em comunicado.
“Se ele estava entrevistando um presidente dos EUA, líder estrangeiro, celebridade, personagem cheio de escândalos, ou um homem comum, Larry gostava de fazer perguntas curtas, diretas e descomplicadas.”
Foram mais de 50 mil entrevistas transmitidas, segundo uma estimativa feita pela agência de notícias Associated Press. Em 1995, ele foi convidado para presidir uma conferência sobre a paz no Oriente Médio com a presença dos então líder palestino Yasser Arafat e o premiê israelense Yitzhak Rabin.
“As entrevistas de Larry em seus 25 anos de ‘Larry King Live’, ‘Larry King Now’ e ‘Politicking with Larry King’ são referência para os meios de comunicação de todo o mundo e fazem parte do registro histórico do final do século 20 e início do século 21”, disse a Ora Media.
Filho de imigrantes europeus, King nasceu em Nova York mas morou em Miami, Washington DC e se fixou em Beverly Hills, na Costa Oeste dos EUA.
Casado oito vezes, sua vida pessoa também despertava o interesse popular, e não era raro King estampar as capas de revistas de fofocas. Viciado em jogos de azar, ele quebrou duas vezes e já chegou a ser preso por fraude fiscal.
Em 2007 King emprestou sua voz para o âncora da animação Bee Movie – A História de uma Abelha. Em suas entrevistas, ele também ficou marcado pelo uso seus bordões Great (grande), Terrific (tremendo), Gee whiz (nossa).
Pouco convencional, King dizia que quase nunca se preparava para fazer uma entrevista. Se o convidado era um autor, que iria divulgar uma nova publicação, ele apenas dizia “sobre o que fala o livro?”. Ele evitava parecer intelectual demais e queria ser apenas “um cara curioso que faz perguntas”. (Fonte:G1)