A manhã desta terça-feira (29) começou com um misterioso acidente registrado em frente a um motel, na Rodovia Transamazônica (BR-230), sentido Vila São José, em Marabá. Até o momento, ninguém soube explicar de que forma três veículos se envolveram em duas colisões que deixaram, pelo menos, uma vítima gravemente ferida.
A primeira vítima foi identificada até o momento como Francisco Max da Silva Neves, 24 anos, funcionário da Hidral Fort, uma loja de peças e serviços hidráulicos, localizada a poucos metros de onde ocorreu o episódio.
A Reportagem do Portal Correio esteve no local às 9 horas da manhã desta terça-feira, 29, e conversou com Ana Cláudia, que reside exatamente em frente ao trecho onde o acidente ocorreu. Ela narra que era por volta das 2 horas da madrugada, quando escutou um forte estrondo vindo da rodovia, e que possivelmente o caminhão que Francisco dirigia teria batido na traseira de uma carreta. “Eu saí para ver o que tinha acontecido e me deparei com o acidente”, conta.
Leia mais:O cenário do local, pelas imagens gravadas em vídeo por Ana Cláudia, era caótico. Max estava caído para fora da cabine de um caminhão de pequeno porte, ensanguentado e aparentemente inconsciente. O caminhão pertence à empresa em que a vítima trabalha e possuía uma carroceria, que estava vazia, de acordo com as imagens.
A batida parece ter sido tão forte, que a cabine do caminhão sacou da carroceria e ficou virada, entre as duas pistas de rolamento. E dentro dela, estava Francisco Max, desacordado.
Ana Cláudia informou ter acionado a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o socorro médico. Algum tempo depois, uma viatura do Corpo de Bombeiros e outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegaram para atender a ocorrência.
No vídeo, os bombeiros cerram as ferragens da cabine para libertar Max, que havia ficado preso, sendo logo em seguida levado para o Hospital Regional de Marabá, pela ambulância do SAMU.
A Reportagem entrou em contato com o HR, porém, a família de Max não autorizou a divulgação do seu quadro de saúde. Segundo o hospital, ele deu entrada por volta das 5 horas da manhã.
O Portal Correio foi até a Hidral Fort por volta de 9h30 para apurar mais informações sobre o ocorrido e um funcionário, que pediu reserva de seu nome, informou, que até aquele momento, ninguém na empresa sabia o que de fato aconteceu. “Chegamos aqui às 8 horas, como habitual, e foi quando tomamos conhecimento do acidente”, disse.
Ainda segundo esse funcionário, Max não trabalhava na função de motorista e sim como atendente, inclusive, ninguém sabia que ele estava com o referido caminhão. “Descobrimos apenas que ele estava voltando para a empresa quando aconteceu o acidente”, finalizou.
Como se não bastasse o primeiro acidente, depois que Francisco foi retirado das ferragens e levado ao hospital, outro acidente aconteceu no mesmo local, envolvendo a cabine do caminhão, que estava solta na pista. Um veículo pequeno, modelo Chevrolet Agile, de cor branca, colidiu com a cabine do caminhão da Hidral Fort. “Esse carro bateu agora mais cedo. Quando acordei já estava assim”, conta Ana Cláudia, sem saber informar quem era o motorista e o seu paradeiro.
Durante boa parte da manhã, o trânsito permaneceu lento à medida que os destroços dos veículos eram removidos da rodovia. Informações detalhadas serão levantadas com a PRF para saber, o que de fato, aconteceu nos dois acidentes. (Zeus Bandeira)