A Polícia Civil de Parauapebas cumpriu mandado de prisão preventiva contra Wanderson Alves da Silva, de 21 anos, o Neguinho, no início desta semana. Ele foi indiciado pelo assassinato do topógrafo Edivaldo Souza Nascimento, registrado em setembro deste ano, no Bairro Populares II.
Além de Wanderson, duas mulheres e mais um homem também foram indiciados. O processo corre na 1ª Vara Criminal de Parauapebas desde outubro. Na ocasião da prisão, também foram apresentados na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil outras três pessoas, ouvidas e liberadas em seguida.
De acordo com o delegado Élcio de Deus, diretor da unidade, após prestar depoimento, Wanderson passa a ser investigado também por participação na morte de Kechily Costa de Sousa, de apenas 13 anos, cujo corpo foi encontrado degolado em uma área de mato do Residencial Alto Bonito, em março deste ano.
Leia mais:“Será instalado um novo inquérito policial pela equipe de Homicídios a fim de apurar a participação dele na situação. Já havia indícios da presença no cometimento desse crime e a gente agora sabe, pelas palavras dele, que ele teria assistido. É uma pessoa que possivelmente faz parte da facção e estaria convidada pra participar desse crime bárbaro”, diz o delegado, sem aprofundar as informações sobre a disputa entre as facções existentes atualmente em Parauapebas.
A autoridade policial também não esclareceu detalhes sobre a participação de Wanderson na morte do topógrafo Edivaldo Souza Nascimento.
Ele explicou, apenas, ser bastante comum o envolvimento de diversas pessoas em crimes que envolvam facções criminosas e que cada uma desempenhe um papel diferente. “Às vezes a pessoa é a que convida a pessoa a ser morta pra determinado local, às vezes é aquela que empresta a arma, às vezes transporta a arma, então há vários papéis dentro de uma morte praticada por facção”, finaliza.
O corpo de Edivaldo foi encontrado no poço de uma residência, no Bairro Populares II, dois dias após a vítima desaparecer, no feriado de 7 de Setembro. Já Kechily foi encontrada com a cabeça arrancada do corpo cinco dias após sumir. Alguns dias depois, um vídeo atribuído a ela, gravado quando já estaria em poder dos homicidas, passou a circular. A garota que aparece na gravação afirma ser integrante de uma facção. (Luciana Marschall – com informações de Rayane Pontes)