Nilvan Joaquim dos Santos, de 41 anos, que trabalhava como mototaxista e também fazia fretes com uma caminhonete F-4.000, foi assassinado no início da noite de ontem (18), logo após fazer um frete no Cidade Jardim. Nilvan, que tinha o apelido pejorativo de “Fede a merda”, foi executado com vários tiros por um criminoso que estava de moto e possivelmente tinha um comparsa.
A primeira autoridade policial a chegar ao local do crime foi a guarnição do sargento C. Araújo, da Polícia Militar. Ele disse ter recebido uma chamada pelo Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190) com a informação de que moradores da Cidade Jardim teriam ouvido disparos de arma de fogo. Ao chegar ao local, na Rua D-10, os militares encontraram o corpo no chão perto da caminhonete.
Ainda de acordo com o militar, o proprietário da casa disse que a vítima fez uma mudança para ele e, após tirar os objetos que estavam no baú da caminhonete, Nilvan foi fechar o veículo, momento em que foi alvejado por vários tiros. Obviamente assustado, o dono da residência diz que, quando ouviu os disparos, correu para dentro de casa e só saiu quando a polícia chegou.
Leia mais:Muito possivelmente o criminoso já estava à espreita, observando a vítima, e esperou o momento oportuno para tirar-lhe a vida. Os vizinhos ouviram vários tiros, depois houve uma pequena pausa e logo em seguida mais dois tiros foram efetuados.
Investigadores do Departamento de Homicídios estiveram no local do crime colhendo as primeiras informações. Um filho da vítima compareceu ao local logo depois do crime e prestou algumas informações informalmente, mas certamente será ouvido no decorrer dos próximos dias.
A vítima
Nilvan costumava fazer ponto de mototaxista no Km 6, onde também mantinha sua caminhonete de fretes. Ele já tinha se metido em pelo menos duas confusões – que foram noticiadas pelo CORREIO – com outros mototaxistas.
Além disso, a reportagem apurou que algum tempo atrás ele foi alvo de uma tentativa de assalto, mas conseguiu, com ajuda de outra pessoa, dominar os ladrões que queriam roubar sua caminhonete e entrega-lo à Polícia.
Outra informação que a reportagem colheu, pesquisando a página do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), é que Nilvan era réu em um processo de violência doméstica e também estava indicado por crimes de trânsito. (Chagas Filho e Josseli Carvalho)