Correio de Carajás

Governador diz que Rotary se adaptou aos novos tempos

Evandro Valente e Roseli Oliveira, governador e presidente do Rotary Club/ Foto: Evangelista Rocha

O Rotary Club é uma das mais atuantes e relevantes entidades do terceiro setor no mundo, com uma história centenária de atuação junto à comunidade. Apesar da sua longa experiência, a instituição encontrou espaço nos últimos anos para modernizar a sua forma de atuação e, também, ampliar a sua visibilidade, como forma de conseguir mais apoio em sua missão. É o que revela ao CORREIO o atual governador do Distrito 4.720 do RC, o paraense Evandro Valente, de Belém.

Evandro passou por Marabá esta semana, cumprindo a sua agenda de visita aos clubes do seu distrito. Aqui na cidade, ele aproveitou para visitar o Grupo Correio de Comunicação, acompanhado da presidente Rotary Club Marabá, Roseli Oliveira. Eles faram à Correio FM, ao jornal e também à TV Correio.

O atual Ano Rotário 2023/2024, iniciado em julho, tem como lema: “Crie esperança no mundo”. O Distrito 4.720 é formado pelos clubes dos estados: Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Pará. Ao todo, possui 56 clubes e 229 associados (números de 2023). Segundo o governador, 58% desses clubes estão no Pará.

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No atual roteiro, esta semana, ele passou por Parauapebas, Marabá e Tucuruí, nesta ordem e, na semana que vem, visitará: Xinguara, Redenção e Conceição do Araguaia. Em novembro ele visitará sete clubes de Rondônia.

“O Rotary é uma organização incrivelmente organizada. Todas as nossas linhas estratégicas de atuação se equiparam, seja em que país ocorra essa atuação. Algumas dessas linhas estão com atenção muito grande da entidade. Entre elas está o investimento em pesquisa para erradicação de doenças; a parte de desenvolvimento econômico das comunidades; aleitamento materno e também o cuidado com os idosos, e até meio ambiente. A questão da paz no mundo também é um item caro para o Rotary”, lista Evandro Valente.

O governador destaca que agora, mesmo, durante o período de seca dos rios no Amazonas, o Rotary está atuando para amenizar o sofrimento dos ribeirinhos que vivem situação complicada. “O estouro das barragens de Brumadinho, Mariana, catástrofes nacionais, a nossa entidade sempre esteve entre os primeiros a chegar para prestar auxílio”, destaca.

Novos tempos

Na participação no Observadores, programa gravado que vai ao ar neste domingo (29), na TV Correio – SBT, Evandro falou sobre como a entidade tem se modernizado para seguir crescendo e se fortalecendo.

Questionado sobre a participação feminina, que não era direta até os anos 2000, ele destaca que essa mudança foi fundamental para dar um novo ânimo ao Rotary, trazendo para os clubes toda a força, organização e foco das mulheres.

Outra mudança importante foi o abandono da ideia de que um clube precisa ter uma sede fixa para existir e para trabalhar. Ele lembra os primórdios da entidade, nos Estados Unidos, quando as reuniões eram realizadas nos escritórios profissionais dos membros. “Hoje podemos formar um clube, por exemplo, entre um grupo de motociclistas, uma associação de bairro. Podemos pegar aquele núcleo e formar ali um novo clube”, exemplifica.

A reportagem também observou que os clubes de Rotary, a exemplo do de Marabá, vêm divulgando mais as suas ações junto à comunidade, como a distribuição de cestas básicas e doação de cadeiras de rodas. Evandro Valente confirmou que não é por acaso. Segundo ele, no passado a instituição carregava a filosofia de trabalho em silêncio, mas percebeu ao longo do tempo que precisa ter visibilidade das suas ações, até como forma de se fortalecer para conseguir apoio e patrocínio privado. (Reportagem: Milla Andrade; texto: Patrick Roberto)