Correio de Carajás

Zika

Nos últimos três anos, o mundo da ciência entrou no cotidiano e na casa de mães de bebês que nasceram com a Síndrome Congênita do Zika. A epidemia mobilizou recursos e estudiosos, que fizeram uma infinidade de pesquisas e estudos para entender a doença ainda desconhecida. Enquanto a academia, de uma forma geral, se dedicou inicialmente às questões relacionadas à epidemiologia, algumas pesquisas focaram suas análises no aspecto social da epidemia. A professora Soraya Fleischer, do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), que coordena um trabalho de acompanhamento da rotina dessas mulheres, ressalta que foi colhido muito material genético das crianças desde o início do surto.

 

Zika II

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A professora ouviu queixas das mulheres a respeito da falta de explicações imediatas e dos resultados das pesquisas. A ausência de respostas e de diagnósticos precisos dificultou a comprovação da associação entre o vírus e a deficiência das crianças, e muitas delas foram impedidas de pleitear benefícios e direitos. Os resultados completos da pesquisa serão apresentados às mães no próximo dia 30 de novembro, em um seminário que será realizado no Instituto Ageu Magalhães. A instituição também faz paralelamente um estudo para verificar quantas pessoas tiveram zika, dengue e chicungunya.