Correio de Carajás

Yuji Naka, criador do Sonic, é preso no Japão em escândalo de empresa envolvendo informação privilegiada

Designer teria comprado ações do estúdio Aiming antes de anúncio de novo game Dragon Quest, da empresa Square Enix. Outros dois ex-funcionários da empresa também foram detidos.

Foto: Reprodução

Yuji Naka, um dos criadores do Sonic, foi preso no Japão em um escândalo que envolve compra de ações após informações privilegiadas, segundo o jornal Fuji News Network.

A prisão do designer acontece logo após outros dois ex-funcionários da Square Enix (Taisuke Sazaki e Fumiaki Suzuki) também serem detidos durante a mesma investigação.

Os três são acusados de terem tido acesso a informações privilegiadas no período em que trabalharam na Square Enix. A empresa trabalhava em colaboração com o estúdio Aiming para o desenvolvimento do Dragon Quest Tact, lançado no início de 2020.

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Antes de o game ser lançado, Naka, Taisuke e Fumiaki teriam adquirido ações da Aiming. Segundo a imprensa japonesa, Yuji Naka teria comprado 10 mil ações da Aiming por 2.8 million de yens (cerca de US$ 20 mil). O designer trabalhou na Square Enix entre 2018 e 2021 no desenvolvimento do game Balan Wonderworld.

Já Taisuke e Fumiaki são acusados de adquirirem ações da empresa no valor de 47 milhões de yens (cerca de US$ 336 mil). A compra das ações teria acontecido entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, pouco antes do lançamento do game.

Sem citar nomes, a Square Enix confirmou a informação sobre a investigação de ex-funcionários acusados de terem informações privilegiadas e disse estar colaborando com as autoridades.

“Alguns meios de comunicação informaram que os ex-funcionários da Square Enix estavam sob investigação por suspeita de uso de informações privilegiadas. Como a investigação do Ministério Público do Distrito de Tóquio está em andamento, continuaremos a cooperar totalmente com a investigação”, informou a empresa.

“Lamentamos profundamente a grande preocupação que isso causou a todos os envolvidos. Lidamos com este incidente estritamente, incluindo ações disciplinares internas tomadas contra os funcionários suspeitos.”

(Fonte: G1)