Correio de Carajás

Voo sem criança: empresa cria área restrita a quem pagar passagem mais cara

A proposta foi apreciada por uns e criticada por outros. Internautas apontaram a existência de segregação na ideia de criar um espaço restrito a adultos

Foto: Freepik

A companhia aérea turca Corendon vai testar a opção de criar uma aérea restrita a adultos nos voos entre Amsterdã e a ilha caribenha de Curaçao. Segundo a empresa, a ideia é destinada a pessoas sem filhos ou que queiram viajar em um ambiente “silencioso”. Seria cobrado um valor adicional de US$ 49 (equivalente a R$ 239) por assento padrão. O serviço será lançado oficialmente no dia 3 de novembro.

Em comunicado, a companhia também afirmou que a ideia “beneficiaria” pais de crianças pequenas, pois eles não precisariam ficar preocupados em “incomodar” outros passageiros. Outras empresas aéreas já implementaram propostas parecidas, como a AirAsia X e a Cingapura Scoot.

“Segregação”
Alguns internautas apreciaram a proposta. “Eu pagaria fácil. Amo crianças, mas no voo realmente é bem complicado em algumas situações que você precisa descansar”, escreveu um, no Instagram. “Eu como mãe ia gostar, mas mais por me dar tranquilidade com as possíveis reclamações dos adultos não empáticos sentados próximos de mim e da minha filha”, afirmou outra.

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Entretanto, a ideia de criar um espaço restrito a adultos foi vista como segregação por outros usuários das redes sociais. “As crianças são condenadas simplesmente por não se comportarem como adultos. O choro é a única forma de comunicação delas em diversas situações. As pessoas deviam direcionar seus julgamentos aos adultos que exageram na bebida durante o voo, roncam, falam alto, colocam o pé na poltrona da frente, pois esses sim ja tem (ou deveriam ter) a maturidade neurológica pra saber como se comportar e como lidar com as emoções”, defendeu uma internauta.

“Muito triste. Acho bizarro normalizarem essa segregação. As crianças fazem parte da sociedade e chorar é natural e esperado delas. Adultos deveriam ser mais acolhedores e tolerantes”, disse outro.

(Correio Braziliense)