Correio de Carajás

Violência contra mulher será tema de audiência

Na próxima quinta-feira, dia 22, a partir das 13h30, no Carajás Centro de Convenções, em Marabá, acontece uma audiência pública encabeçada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), para debater os casos de violência contra a mulher e as formas de enfrenta-los. O objetivo é ouvir a população, sobretudo o público feminino, no sentido de desenvolver mecanismos que fortaleçam a rede de proteção.

Sobre o assunto, o promotor Samuel Furtado Sobral disse ter observado um aumento da violência contra a mulher nos mais diversos matizes neste município, de modo que este debate é urgente e necessário. “Nós precisamos ouvir a população para que possamos usar as informações para subsidiar o nosso trabalho e orientar o trabalho da rede de assistência que está em formação no município”, afirma.

#ANUNCIO

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Ainda de acordo com ele, há um alto índice de medidas protetivas de urgência decretadas pelo Juízo da 3ª Vara Criminal, que tem como uma de suas competências o processamento dos crimes relativos à violência doméstica, familiar contra a mulher. “Então, casos que começam de crime mais simples evoluem para circunstâncias mais complexas, por isso temos que atacar esse mal, então a única forma é abraçar a população e a população comparecer à audiência para que possamos ouvi-la para que possamos organizar essa política pública no município”, argumenta.

Para ele, o aumento no número dos casos de violência doméstica se deve, em grande medida, ao fato de que as mulheres estão mais conscientes e por isso denunciam mais, porém o promotor entende que isso ainda precisa ser mais massificado, por meio de mais denúncias aos órgãos da rede de assistência. “O que nós queremos é que elas (as mulheres) saibam onde reivindicar seus direitos”, observa Sobral.

Segundo dados apresentados pelo serviço de Disque Denúncia em Marabá, 84% dos casos de violência acontecem dentro de casa e 95% dos agressores convivem com a vítima. As violências física (como socos, empurrões e chutes) e verbal são as mais comuns, mas há também casos (11%) de ameaças de morte.

Segundo o mesmo relatório, a violência doméstica vai se estruturando lentamente, chegando a um ponto em que mais de 70% das mulheres não conseguem nem se lembrar quando foi que as agressões começaram, assim como 90% não sabem informar em qual hora do dia as agressões ocorrem com maior frequência. É a naturalização da violência.

Desde a implantação do serviço de Disque Denúncia em Marabá, em novembro de 2011, a central já recebeu quase 400 denúncias de violência contra a mulher, sendo que a classe de crimes contra a pessoa está em 6º lugar no ranking dos crimes mais denunciados e dentro dessa classe, a violência contra a mulher está em 2º lugar, perdendo apenas para o crime de homicídio. 

Saiba Mais

Segundo ele, o MPPA está engajado junto com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Marabá (CONDIM), no sentido de desenvolver políticas públicas que atendam as mulheres vítimas de violência. Inclusive, o órgão do Ministério Público em Marabá já participou de capacitação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para orientar aos profissionais de saúde sobre a importância da notificação compulsória dos casos de violência doméstica.

(Chagas Filho com informações de Weliton Moreira)

Na próxima quinta-feira, dia 22, a partir das 13h30, no Carajás Centro de Convenções, em Marabá, acontece uma audiência pública encabeçada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), para debater os casos de violência contra a mulher e as formas de enfrenta-los. O objetivo é ouvir a população, sobretudo o público feminino, no sentido de desenvolver mecanismos que fortaleçam a rede de proteção.

Sobre o assunto, o promotor Samuel Furtado Sobral disse ter observado um aumento da violência contra a mulher nos mais diversos matizes neste município, de modo que este debate é urgente e necessário. “Nós precisamos ouvir a população para que possamos usar as informações para subsidiar o nosso trabalho e orientar o trabalho da rede de assistência que está em formação no município”, afirma.

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Ainda de acordo com ele, há um alto índice de medidas protetivas de urgência decretadas pelo Juízo da 3ª Vara Criminal, que tem como uma de suas competências o processamento dos crimes relativos à violência doméstica, familiar contra a mulher. “Então, casos que começam de crime mais simples evoluem para circunstâncias mais complexas, por isso temos que atacar esse mal, então a única forma é abraçar a população e a população comparecer à audiência para que possamos ouvi-la para que possamos organizar essa política pública no município”, argumenta.

Para ele, o aumento no número dos casos de violência doméstica se deve, em grande medida, ao fato de que as mulheres estão mais conscientes e por isso denunciam mais, porém o promotor entende que isso ainda precisa ser mais massificado, por meio de mais denúncias aos órgãos da rede de assistência. “O que nós queremos é que elas (as mulheres) saibam onde reivindicar seus direitos”, observa Sobral.

Segundo dados apresentados pelo serviço de Disque Denúncia em Marabá, 84% dos casos de violência acontecem dentro de casa e 95% dos agressores convivem com a vítima. As violências física (como socos, empurrões e chutes) e verbal são as mais comuns, mas há também casos (11%) de ameaças de morte.

Segundo o mesmo relatório, a violência doméstica vai se estruturando lentamente, chegando a um ponto em que mais de 70% das mulheres não conseguem nem se lembrar quando foi que as agressões começaram, assim como 90% não sabem informar em qual hora do dia as agressões ocorrem com maior frequência. É a naturalização da violência.

Desde a implantação do serviço de Disque Denúncia em Marabá, em novembro de 2011, a central já recebeu quase 400 denúncias de violência contra a mulher, sendo que a classe de crimes contra a pessoa está em 6º lugar no ranking dos crimes mais denunciados e dentro dessa classe, a violência contra a mulher está em 2º lugar, perdendo apenas para o crime de homicídio. 

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Segundo ele, o MPPA está engajado junto com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Marabá (CONDIM), no sentido de desenvolver políticas públicas que atendam as mulheres vítimas de violência. Inclusive, o órgão do Ministério Público em Marabá já participou de capacitação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para orientar aos profissionais de saúde sobre a importância da notificação compulsória dos casos de violência doméstica.

(Chagas Filho com informações de Weliton Moreira)