Gilvane Alves da Silva e Sousa e Elizabeth Borges Albuquerque estão sentados no banco dos réus, no Salão do Júri do Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá, nesta segunda-feira (16). Ambos são acusados de envolvimento na morte de Paulo Nascimento dos Santos.
Segundo o relatório do processo, o crime é qualificado para os dois pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima, pela paga ou promessa de recompensa, no caso de Gilvane, e por motivo fútil, em relação a Elizabeth.
O Ministério Público do Estado do Pará afirma que em janeiro de 2007 ocorreu uma discussão entre Paulo Nascimento e o filho de Elizabeth. Na ocasião, a vítima de homicídio teria jogado garrafas de cervejas contra o outro, causando lesões no rosto deste.
Leia mais:O filho da acusada teria ameaçado matar Paulo no dia do fato. De acordo com as investigações, posteriormente ofereceu dinheiro para que Gilvane matasse a vítima e este aceitou. Na data do crime, por volta das 21h30, segundo a promotoria, Gilvane chegou em um bar, sentou-se ao lado da vítima e fingiu estar assistindo televisão.
Em dado momento, sem possibilitar defesa à vítima, sacou uma arma de fogo e alvejou Paulo com três tiros, fugindo em seguida. Posteriormente, Elizabeth teria ido a um encontro com o Gilvane e o pagado.
Ainda segundo a denúncia, a acusada pagou ao acusado para que ele matasse a vítima, tendo como motivação principal a vingança pela agressão sofrida pelo filho. Os dois réus, que respondem ao crime em liberdade, negam qualquer participação no homicídio.
Um primeiro julgamento já ocorreu em 2016, quando os dois foram condenados, porém os recursos de apelação interpostos pela defesa levaram o Tribunal de Justiça do Estado do Pará a declarar nula a sessão do júri, determinando novo julgamento. (Luciana Marschall)