Correio de Carajás

Vídeo mostra momento do assassinato de Diogão, em frente à Orla

Atualização 22 de setembro de 2020 por Redação

Um tiro apenas. Foi o que precisou um pistoleiro para matar o empresário minerador Diogo Sampaio, de 38 anos de idade, no final da tarde deste domingo, 20, na Avenida Getúlio Vargas, quase em frente à Orla Sebastião Miranda Filho.

Um vídeo, de pouco menos de um minuto a que a Reportagem do CORREIO teve acesso, mostra os momentos anteriores até o instante em que ocorre o tiro no empresário, que estava de costas, conversando com um vizinho de seu sogro, em frente a uma loja tradicional na Orla. Diogão, que posteriormente soube-se portava uma pistola, estava de lado para a via, enquanto o carro dos seus algozes estava parado na avenida Getúlio Vargas, a cerca de 15 metros dele.

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Diogo com boné da sua empresa de mineração

Em pé, Diogo conversava com um casal de vizinhos de seu sogro. O atirador estaria dentro de um Fiat Uno Branco, com película escura, parado entre os carros estacionados de um lado e do outro. A cerca de 10 metros da vítima havia um veículo do DMTU estacionado, com os agentes por perto.

Duas jovens passam caminhando ao lado do carro dos pistoleiros, depois outro carro vindo da orla passa “espremido”, já que o Uno dos bandidos atrapalhava o trânsito fluir com naturalidade. Foi nesse momento que o vidro da janela traseira direita foi aberto cerca de quatro dedos, o suficiente para passar por ele o cano da arma utilizada.

Em seguida, um lavador de carro passa entre o carro do atirador e Diogão. Quando o tiro é disparado, o lavador do carro olha para os dois lados, sem entender o que estava acontecendo. Ele e outras três mulheres que caminhavam da orla em direção à Praça Getúlio Vargas, saem um pouco apressados e assustados com o tiro e, principalmente, quando viram o corpo de Diogão no chão.

Também correram o vizinho do sogro da vítima e sua esposa, que estavam ao lado de do empresário. Um agente do DMTU chega a aparecer na imagem olhando para a cena do crime. Para, olha para o casal e volta falando com outras pessoas.

O carro que transportava o pistoleiro sai em disparada, em direção ao Palacete Augusto Dias, mas com a certeza de que o tiro era suficiente para matar a vítima. E foi mesmo.

A Reportagem do CORREIO recebeu informações de que Diogo Sampaio vivia em um garimpo de ouro em Pacajá e não costuma mais aparecer em público, desde que fora vítima de atentado a bala anos atrás. Todavia, abriu exceção no último final de semana, quando veio a Marabá, confraternizou-se com amigos e ficou para participar da festa de aniversário de um filho dele, que ocorreria na noite deste domingo, em Marabá.

Aqui, a vítima em momento descontraído

A festa programada acabou por se transformar em velório.

O delegado Thiago Carneiro, superintendente de Polícia Civil, informou nesta segunda-feira, que logo após o crime de Diogo Sampaio, a Divisão de Homicídios, da Seccional e até mesmo da Superintendência de Polícia Civil do Sudeste se deslocaram até o local e constataram o óbito. “Ele foi alvejado com um único disparo de arma de fogo na região do tórax. Vamos apurar, por meio de inquérito policial, a circunstância, a motivação e a autoria do crime”.

O delegado confirmou as informações de que Diogão já tinha sofrido tentativa de homicídio há alguns anos e vai tentar trabalhar todas as linhas de investigação para desvendar o homicídio. (Da Redação)

https://www.youtube.com/watch?v=SbRB-EQ3XJM