Correio de Carajás

Vereadores destacam o início do Outubro Rosa durante Sessão

Na Sessão Ordinária desta terça-feira, 1º, da Câmara Municipal de Parauapebas (CMP), os vereadores lembraram no início da Campanha Outubro Rosa em todo o País e em várias partes do mundo. O mês de outubro é dedicado as campanhas preventivas do câncer de mama.

Em Parauapebas, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) se comprometeu a divulgar hoje a programação da Campanha Outubro Rosa no município. Segundo os vereadores, a campanha é importante para conscientizar e também prevenir a doença, que é uma das que mais mata mulheres no Brasil.

O Outubro Rosa começou nos EUA quando durante esse mês várias ações de combate ao câncer de mama (mamografias e eventos) eram realizadas em vários estados daquele país. Após alguns anos dedicando esse mês ao conhecimento, prevenção e tratamento da doença, o congresso nacional dos EUA determinou que outubro fosse o mês nacional de prevenção do câncer de mama.

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A partir de então, mundialmente em outubro, vários hospitais, clínicas e institutos facilitam o acesso aos exames de diagnósticos oncológicos. No Brasil, a iluminação de monumentos em tons de rosa, tais como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, são mais uma ação de conscientização da campanha.

A cor rosa se une ao mês pelo fato de o laço cor-de-rosa ser o símbolo oficial contra esse tipo de câncer que acomete, na sua grande maioria, mulheres. A escolha da cor deve-se justamente a esse fato, uma vez que é a principal cor a expressar feminilidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é hoje a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres.

A única região do país em que o câncer de mama não é o mais comum entre as mulheres é a Norte, onde o de colo de útero ocupa a primeira posição. Com uma taxa de 13,68 óbitos/100 mil mulheres em 2015, a mortalidade por câncer de mama (ajustada pela população mundial) apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras.

Ainda segundo o Inca, o Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente. A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos.

Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.

A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos. Entre eles estão: praticar atividade física regularmente; alimentar-se de forma saudável; não fumar; ter o peso corporal adequado; não ingerir bebidas alcoólicas; e evitar uso de hormônios sintéticos em altas doses.

Ainda segundo o Inca, o diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%. Por isso, é importante fazer os exames preventivos, como o autoexame e mamografia e ultrassom mamária.

O INCA afirma que a mortalidade da doença diminui em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos que realizam o exame a cada dois anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a realização anual da mamografia regular a partir dos 40 anos em mulheres assintomáticas, como define a Lei 11.664/2008.

No SUS, porém, por determinação do Ministério da Saúde, a orientação é para que a mamografia seja realizada em mulheres com idade entre 50 e 69 anos a cada dois anos. A dificuldade de realizar exame na rede pública, muitas vezes com longas filas de espera por um exame de mamografia, é um dos fatores que faz com que, muitas vezes, quando a doença é detectada, já esteja em estágio avançado, reduzindo as chances de cura.

Devido as essas dificuldades, que o Outubro Rosa busca facilitar o acesso das mulheres a rede de saúde, para fazer os exames preventivos. Durante o mês de outubro, diversas campanhas são realizadas com esse objetivo. (Tina Santos – com dados do Inca)