O livro “A Revolta da Vacina”, escrito pelo professor Nicolau Sevchenko e publicado pela Editora Unesp em 1984, relata o conflito causado por um surto epidêmico em pleno Brasil que entrava no século XX e o receio da população em buscar prevenção contra a varíola. Os anos se passaram e, na atualidade, o que se vê nos postos de saúde espalhados por Marabá é insuficiência no número de doses para atender o grupo prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
Protocolada junto ao Ministério Público Federal (MPF) pelos vereadores Irismar Nascimento Araújo Melo (PL) e Marcelo Alves dos Santos (PT) na manhã desta terça-feira (14), uma denúncia expõe a situação verificada nas unidades. Falta vacina para idosos e profissionais da área da saúde, que seriam os primeiros a receber a agulha diante da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Isso porque a Covid-19 apresenta sintomas semelhantes aos da gripe.
Entretanto, devido à cheia dos rios, parte do pacote de vacinas foi aplicada em famílias castigadas pela água que se encontravam nos abrigos. Essa cadeia de imprevistos tornou minguadas as 13 mil doses destinadas pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) para assistir a demanda.
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No documento assinado pelos membros do Legislativo Municipal, as vacinas acabaram em apenas dois dias de trabalho, deixando o público-alvo, em sua maioria, sem a devida cobertura garantida pela ação de iniciativa do governo federal.
Ainda em conformidade com a denúncia, um impasse entre os entes da federação responsáveis em assegurar a distribuição da imunização é a causa da nova “revolta da vacina”. Além disso, falta doses contra sarampo, meningite e outras que devem ser disponibilizadas nos postos de saúde.
Procurada pela Reportagem do CORREIO, a Sespa informou que a falta de vacinas é nacional, sendo a pasta responsável apenas pela distribuição entre os municípios. Ponderou, ainda, que as doses contra a Influenza (H1N1) devem chegar de Brasília até esta sexta-feira (18).
Questionada quanto ao fornecimento das demais vacinas, a secretaria indicou que o Ministério da Saúde deve resolver a situação tão logo o novo pacote contra a gripe chegar ao Pará. (Da Redação)