O partido Podemos encaminhou pedido de abertura de processo de expulsão do vereador Joaquim Campos do partido nesta quarta-feira (19). O vereador chamou a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, de vagabunda, no plenário da Câmara Municipal, durante a sessão desta quarta.
Em nota, assinada pelo presidente do partido e deputado estadual Igor Normando, o Podemos disse que presta total solidariedade à jornalista da Folha de São Paulo Patrícia Campos Mello, além da Vereadora de Belém Nazaré Lima (Psol), ambas atacadas verbalmente por Joaquim Campos.
Em sua conta pessoal em uma redes social, o vereador Joaquim Campos disse que sua opinião pessoal independe de classe social, partido político ou empresa a qual trabalha, além de insinuar que a jornalista Patrícia Campos Mello teria tentado trocar informações por sexo. Apesar do Podemos reconhecer os ataques feitos pelo seu filiado à jornalista e à vereadora Nazaré de Belém, Joaquim Campos trata o ataque à colega de Câmara como uma fake news.
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O governador do Pará, Helder Barbalho, utilizou o seu perfil pessoal em uma rede social para criticar a postura tomada pelo vereador Joaquim Campos no plenário da Câmara Municipal de Belém. De acordo com Helder Barbalho, “as diferenças de ideias devem ser tratadas sempre dentro dos limites da civilização e do respeito com a sociedade. Repudio totalmente este tipo de comportamento político”.
Nota do Sinjor-PA
O Sindicato dos Jornalista do Pará (Sinjor-PA) emitiu nota defendendo a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, e repudiando a postura adotada pelo vereador de Belém Joaquim Campos. Além disso, o sindicato informou que estuda quais medidas jurídicas podem ser tomadas em relação ao fato e cobra providências do presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador Mauro Freitas (PSDC), a da presidência do Podemos quanto ao comportamento do vereador.
Nota da Câmara Municipal de Belém
Em nota, a Câmara Municipal de Belém informou que de acordo com a Constituição no Art. 29/ VIII, os vereadores que compõem o poder legislativo têm como prerrogativa a imunidade parlamentar para expor suas ideias, além de livre direito de manifestação perante qualquer tema. Assim, a Câmara disse ainda que a opinião ou discurso pessoal de um vereador não representa o pensamento plural da casa e que cabe a cada parlamentar o discernimento, assim como a responsabilidade pelos atos praticados.
(Fonte:G1)