Correio de Carajás

Verdureiro é executado e uma companheira da vítima acusa a outra

Manoel Alves Campelo não chegou ao trabalho como pretendia ao sair de casa na madrugada de hoje, sexta-feira (29). O verdadeiro foi executado a tiros, dentro do carro que conduzia, na Folha 11, Nova Marabá, por volta das 5 horas.

Conforme a Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, no local não foram identificadas testemunhas que relatassem como ocorreu o crime, mas a vítima foi alvejada na cabeça.

Na cena, duas mulheres que se relacionavam com a vítima. Uma delas acusou a outra de ter planejado a morte, afirmando que ela costumava ameaçar Manoel. Maria Lucia Ferreira afirma que os dois conviviam há quase um ano e têm um filho juntos.

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Hoje, afirma, Manoel sairia da casa onde estava vivendo com Eliene da Silva, para morar com ela. “Não sei o que aconteceu, não tenho conhecimento, só sei que ela ameaçou muito ele e eu também ontem (quinta). Dizia pra ele que se não ficasse com ela iria matar. Sempre falou isso”, disse.

Conforme Maria Lucia, o casal não vivia junto, mas nunca esteve separado. “Ele dizia que nunca iria separar de mim. Que teve um caso, mas se arrependeu pelo resto da vida, me disse que ela fez inferno na vida dele. Não deixava ele dormir, ameaçava ele com faca”. Além do filho com Maria Lucia, Manoel deixou outros três do primeiro casamento.

Uma irmã dele, que preferiu não ter a identificação divulgada, comentou que as roupas dele estavam dentro do carro porque ele estaria retornando para a casa de Maria Lucia. “Teve uma confusão entre ele e a mulher que estava convivendo, que nem sei o nome. A última ligação dele foi pra dizer que ia para a casa dela (Maria Lúcia). Acho que ele botou as roupas no carro pra sair (de casa) e ela (Eliane) mandou matar ele”, afirmou, também acusando uma das cunhadas.

Manoel e Eliene trabalhavam juntos em um supermercado na Folha 16. Também ouvida pelo Correio de Carajás, ela confirmou que teve uma briga ontem com Manoel, mas que foi algo passageiro.

“Ontem discutimos por acusa de uma mudança porque estávamos pretendendo nos separar. Ele disse que ia voltar hoje e dormiu lá em casa. Foi uma coisa passageira”, afirmou, acrescentando que a separação não era certa. “Não tinha separado totalmente não, só mandei ele tirar as coisas de dentro de casa”.

Questionada se sabe o que pode ter motivado o crime, ela afirmou apenas que ele possuía dívidas, mas disse não saber se o homem era ameaçado ou quem pode ter encomendado a morte.

Por fim, informou que sempre saía de casa junto de Manoel para o trabalho, mas que hoje ficou para trás para resolver questões relacionadas à mudança. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Mais informações na edição de amanhã do Jornal Correio. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)