Apesar de ser a época favorita da maioria dos paraenses, nem tudo é alegria no Verão. Vai passando o período chuvoso, o calor aumenta e com ele aparece um visitante indesejável em qualquer residência, principalmente das regiões Norte e Nordeste do país: o famoso potó. À primeira vista, o Paederus Irritans parece uma formiga, mas o estrago que o pequeno bichinho causa é bem maior que o causado por uma simples picada.
Acredita-se popularmente que ele urina na pele das pessoas causando a queimadura química muitas vezes de larga extensão e, inclusive, com incidência de bolhas e forte ardência. Mas, na verdade, como forma de defesa o inseto solta uma secreção tóxica que provoca a queimadura.
Por preferirem regiões mais quentes, os potós escolhem justamente essas áreas do corpo para ‘passearem’, sendo comumente localizados na dobra do pescoço e nas junções dos braços e das pernas. Acontece que, ao se mexer, a pessoa assusta o inseto, que aciona o mecanismo de defesa.
Leia mais:A principal atitude ao perceber um potó sobre a pele é não reagir esmagando o inseto, pois é exatamente por isso que ele irá liberar a toxina.
Caso a queimadura seja inevitável e o estrago grande, o ideal é evitar soluções caseiras para o problema, que deve ser tratado apenas com pomada para queimadura e, em casos mais graves, com medicação oral. Logo após sentir a queimadura, deve-se lavar imediatamente a região da queimadura com água corrente e, se necessário, procurado o médico.
Com medida de prevenção, é importante sempre lembrar que o potó gosta de ambientes quentes, ou seja, as lâmpadas ligadas à noite são grande atrativo, então mantê-las apagadas pode afastá-los. Instalar telas em janelas também pode diminuir a aparição do inseto dentro de casa, além de manter o local sempre higienizado. (Luciana Marschall)