Criado em 2010, o “Ver-a-Cidade” é o mais antigo projeto nascido da Galeria Vitória Barros. Em 2023, ele chega a sua 13ª edição, tendo como tema “Cultura em Movimento”, e promete trazer à tona a efervescência marabaense representada através da arte da captura estática de imagens.
“O Ver-a-Cidade é um projeto voltado para a experimentação da fotografia”, define Iêda Mendes, diretora da Galeria Vitória Barros (GVB). Ela aponta que a mostra artística é democrática, pois não faz distinção entre profissionais ou amadores, idade dos inscritos, e nem mesmo entre o equipamento utilizado para fazer os registros.
No que toca à organização da mostra, Nathanael Marques, artista e professor, este ano integra a equipe do “Ver-a-Cidade” trabalhando diretamente com o design, a programação e as inscrições do evento. “Nós pensamos juntos sobre o tema “Cultura em Movimento”, que é muito amplo. Vemos que Marabá tem muita cultura acontecendo, o tempo todo, e nesse “Ver-a-Cidade” a gente pensa em trazer fotografias sobre várias ações que estão acontecendo, tanto de registros mais antigos, quanto recentes”, esmiúça.
Leia mais:E ainda que seu berço sejam as paredes da GVB, a exposição não se prende apenas a elas, vai além. Transita por escolas, universidades e outros espaços que desejem recebê-la. E essa peregrinação é, inclusive, um dos estímulos para que o “Ver-a-Cidade” seja realizado anualmente. “Da primeira vez que um professor veio aqui, logo após a primeira edição, pediu para levarmos para a escola, e eu achei interessante. Foi uma guinada e nunca mais quisemos parar com essa itinerância”, compartilha Iêda.
Em essência, o “Ver-a-Cidade” busca capturar, através das lentes, as emoções que Marabá desperta em seus participantes. “Mexer com a comunidade, com a sensibilidade, o olhar e com a participação das pessoas. Mesmo se elas não forem artistas, passam a conviver com a arte, a visitar a galeria e outros espaços”, reflete.
INSCRIÇÕES
As inscrições ficam abertas até o dia 15 de abril e são feitas em duas etapas. Primeiro o participante se inscreve através do link (https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe0-dGBA4rCLbPJDvRdGv_aEcQJ3JaMMcd9YeC8b-RwDNu7dQ/viewform) e, posteriormente, deve realizar a entrega da fotografia impressa. O envio pode ser feito por correspondência ou pessoalmente na GVB. O resultado da seleção será divulgado no dia 22 do mesmo mês.
O coquetel de abertura da 13ª Mostra Fotográfica “Ver-a-Cidade” está marcada para 28 de abril, às 19h, onde será prestada uma homenagem aos artistas selecionados.
A comissão avaliadora irá analisar a relevância do conjunto da obra; relevância da temática proposta para a cultura marabaense (materiais, humanos, artísticas, culturais e imateriais); a qualidade estética, conceitual e técnica do ensaio proposto; consistência dentro do tema proposto; experimentação e inovação no que toca o processo criativo e o grau de contribuição do trabalho, para a expansão do campo da arte e da fotografia.
CURIOSIDADES
- Em 2020, por conta da pandemia de covid-19, não houve edição do projeto. No ano seguinte, 2021, o evento aconteceu totalmente on-line, o que coincidiu com o decenário da mostra.
- Em sua 2ª edição, o “Ver-a-Cidade” convidou três artistas do Fotoativa, associação artística de Belém, para participarem do evento. Miguel Chikaoka, Alexandre Sequeira e Michel Pinho realizaram oficinas no decorrer da programação.
- Em 2013, ano em que Marabá completou seu centenário, o “Ver-a-cidade” se transformou em um safári fotográfico e marcou presença em diversos pontos da cidade. Na ocasião, os participantes podiam levar suas fotografias para os pontos de apoio e naquele mesmo momento já sabiam se haviam sido pré-selecionados ou não.
- A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) é uma das parcerias firmadas com o “Ver-a-Cidade”. No passado, turmas de Artes Visuais realizaram estágio supervisionado, trabalhando com o acervo da mostra.
- O acervo, atualmente, é composto por cerca de 2 mil fotografias e possui cópias digitais, além das físicas.
- Alguns participantes são presença cativa nas edições da mostra, escrevendo-se e participando recorrentemente, independente se suas obras são selecionadas para a exposição ou não.
(Luciana Araújo e Ulisses Pompeu)