Correio de Carajás

Venezuelanos acampados em praça recebem ‘ultimato’

Representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) dialogaram com indígenas alocados em praça no bairro Beira Rio

Equipe da Semas tenta resolver impasse com indígenas venezuelanos/ Foto: Juliano Corrêa

A administração pública de Parauapebas trabalha para resolver a situação dos indígenas venezuelanos da etnia Warao, que estão acampados há mais de duas semanas em praça no bairro Rio Verde, perto do Terminal Rodoviário.

Uma equipe do Proteção Social Especial, braço da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), esteve no acampamento junto com agentes da Defesa Civil, para tentar encontrar uma solução para as demandas dos indígenas, que estavam em abrigo no bairro Vale do Sol e deixaram o local em protesto, exigindo uma série de mudanças da administração.

Cristiane Leão, coordenadora da Proteção Social Especial, relatou à reportagem do Grupo Correio que a visita ao acampamento teve intuito de sensibilizar os indígenas, clamando para que voltem ao abrigo e saiam da situação de risco onde se encontram atualmente.

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“Eles têm as exigências e nós partimos para a sensibilização, tocando nos pontos dos direitos que eles têm, na situação onde crianças (inclusive recém-nascidos) se encontram no atual acampamento. Queremos mostrar que o que o governo garante a eles no acolhimento institucional é favorável”, explicou Cristiane.

Cristiane Leão, coordenadora da Proteção Social Especial da Semas, diz que equipe tenta sensibilizar indígenas para fazê-los voltarem ao abrigo/ Foto: Davi Andrade
Cristiane Leão, coordenadora da Proteção Social Especial da Semas, diz que equipe tenta sensibilizar indígenas para fazê-los voltarem ao abrigo/ Foto: Davi Andrade

A coordenadora informou que na segunda-feira (21) uma equipe técnica se reunirá com as lideranças envolvidas no impasse para tentar uma negociação direta e fazer com que os refugiados voltem ao abrigo, disponibilizado pela Prefeitura do município.

ENTENDA O CASO

Os indígenas da etnia Warao, vindos da Venezuela, requisitaram à administração do abrigo do bairro Vale do Sol, onde estavam alocados, uma série de demandas que dariam a eles maior controle sobre as instalações, além de itens como máquina de lavar, fogão a gás e a chave da dispensa onde ficam os alimentos.

Quando a reportagem do grupo Correio esteve no local, foi verificado que os refugiados recebiam cinco refeições diárias, acesso a dependências de lazer no local como piscina e parques, auxílio na educação das crianças com aulas de educação infantil e recreação. (Juliano Corrêa – com informações de Ítalo Almeida e Davi Andrade)