Correio de Carajás

Venda de temperos caseiros se torna negócio rentável para empreendedora

Não é de agora que ser empreendedor se tornou uma opção para quem deseja trabalhar com o que gosta, no próprio ritmo, e fazendo o horário. Em Marabá, Núria Lima viu a luz no fim do túnel após ser demitida, investindo na produção de temperos caseiros e orgânicos para comercialização.

A produção é feita em casa, no Bairro Santa Rosa, onde ela cria cerca de 30 potes entre os tamanhos de 300ml (R$ 7,00) e 400ml (R$ 10,00), nos sabores de alho e cebola, ervas finas e pimenta, sendo que em breve dois novos sabores serão lançados como novidade.

Além dos temperos, ela produz sal de ervas, que pode ser utilizado especialmente para saladas, nas embalagens de 300g (R$ 7,00) e de 1 kg (R$ 10,00).

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Além de temperos, Núria criou um tipo especial de sal de ervas para temperar saladas / Foto: Zeus Bandeira

“Toda essa produção é feita com produtos naturais e totalmente orgânicos e ainda recebo ajuda de familiares e amigos, que inclusive me motivam bastante. As receitas foram elaboradas com pesquisas que adaptei da internet e fui incrementando com algumas ideias que foram surgindo”, conta Núria.

Qualquer pessoa que gosta de cozinhar pode utilizar os temperos, já que não possuem uma especificação, mas Núria dá algumas dicas.

“O tempero de ervas finas é perfeito para temperar carnes, seja bovina, de frango, peixe, etc. O de alho e cebola é bom para quem gosta de um arroz branquinho e no capricho. Já o de pimenta é multiuso, mas pode ser usado em carnes também, como bife acebolado ou calabresas e linguiças”, sugere Núria.

Com a chegada da pandemia, a empreendedora percebeu uma leve queda nos pedidos, chegou a ficar cabisbaixa e novamente pensando em desistir, mas não foi dessa vez.

“Eu fiquei bem triste, pois muitos clientes são pessoas que vendem comida e usam meus temperos para a produção e teve uma queda nos pedidos. Mas não desanimei, meus amigos continuaram me dando forças pra continuar e essa dificuldade foi superada”, explica Núria.

E como todo empreendedor ela também optou por fazer entregas, em sua própria motocicleta. “No começo eu não tinha onde colocar o isopor com os produtos, já teve vez deles caírem no caminho e eu perder tudo. Então, pesquisei na internet uma forma de confeccionar uma proteção para meu isopor, e foi um sucesso, nunca mais tive acidentes”, diz Núria.

Núria conseguiu confeccionar uma proteção para transportar seus temperos e fazer delivery / Foto: Zeus Bandeira

Rafael Sousa também é empreendedor, trabalhando com venda de espetinhos delivery, e agora retomando o atendimento presencial, devido ao decreto de liberação dos restaurantes e lanchonetes. Para a sua produção, ele utiliza os temperos de Núria.

“A gente se une para nos reinventarmos. A Núria me vende os temperos como permuta, que uso na produção das carnes para os espetinhos, arroz e vinagrete. Vale lembrar que nesse período de pandemia, nossa união é essencial para mantermos o ritmo”, acrescenta Rafael.

Núria comentou no fim da entrevista ao Portal Correio que pretende se cadastrar como Microempreendedor Individual (MEI), para poder focar no negócio e fazer dele a renda principal.

“Eu gosto do que eu faço e me cadastrando como MEI, posso ter acesso a alguns direitos que eu já tinha quando trabalhava de carteira assinada. Esse é meu objetivo!”, finaliza a confiante Núria. (Zeus Bandeira)