Um webinar marcou o lançamento do Plano de Gestão de Biodiversidade (PGBio) da Vale. A programação, realizada na última semana, apresentou a iniciativa inovadora da mineradora que traz objetivos, ações e estratégias, a partir da mobilização de equipes multidisciplinares. O objetivo é potencializar a atuação da empresa de forma integrada e focada na conservação da biodiversidade nas áreas de operação de minério da empresa na região de carajás.
A gerente executiva de Meio Ambiente da Vale, Valéria Franco, ressaltou que as ações contribuirão com os estudos de conservação e melhoria do ecossistema local. “O nosso objetivo é contribuir de forma ainda mais significativa para o equilíbrio entre o crescimento econômico aliado à proteção ao meio ambiente e ao desenvolvimento social e para conservação da fauna e flora da região de Carajás”, ressalta Valéria.
O PGBio tem abrangência nos municípios de Parauapebas (Carajás), Canaã dos Carajás (S11D), Curionópolis (Serra Leste) e Marabá (Salobo). O coordenador do plano, Cesar Sá Carvalho, ressalta a importância das parcerias para a execução do plano. “Nós atuaremos de forma ainda mais integrada na definição e monitoramento de iniciativas focadas em evitar, mitigar, recuperar e compensar impactos decorrentes das etapas do ciclo de vida de um projeto em áreas de relevância para a biodiversidade”, explica.
Leia mais:O plano já nasce com importantes projetos e ações desenvolvidas com parceiros como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Museu Paraense Emílio Goeldi e Embrapa Amazônia Oriental. Além da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundo Vale e o Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS). Para a docente da Ufra – Campus Parauapebas, Wlaisa Vasconcelos Sampaio, o PGBio é um projeto bem amplo e de imensa importância para região. “Nós da Ufra estamos envolvidos em uma das etapas desse plano e vai ser muito interessante desenvolver algumas pesquisas no Parque Zoobotânico Vale e implementar um banco de germoplasma animal no zoológico, que deve ser o primeiro da região norte”, destaca.
Ainda de acordo com Wlaisa, a expectativa da universidade é que o plano também contribua com a formação de mão de obra especializada. “A gente pensa no desenvolvimento da pesquisa básica e aplicada, voltada para a biotecnologia da reprodução de espécies amazônicas e também na formação de recursos humanos para trabalhar nesse setor que ainda é pouco explorado. E, além de formar recursos humanos, junto com a Vale, acreditamos que o plano de gestão vai fortalecer grupos de pesquisas e contribuir com a conservação de espécies ameaçadas de extinção”.
Na programação de lançamento, o público conheceu o PGBio e os principais resultados do projeto de corredores ecológicos: galerias verdes que unem pontos de florestas antes separados por áreas degradadas, voltando a constituir uma única e extensa área de floresta. A iniciativa conta com a parceria do ICMBio e é realizado em região entre os municípios de Parauapebas e Canaã de Carajás.
O plantio de castanha-do-pará também foi destaque no webinar e foi apresentado como o plantio da árvore, símbolo do Pará, está recuperando áreas degradadas. Desde 2014, foram plantadas mais 82 mil mudas plantadas de castanha-do-pará em áreas reflorestadas pela Vale. A expectativa é que até 2024, sejam mil hectares de plantio da espécie. (Ascom Vale)