A mineradora Vale iniciará na próxima segunda-feira (11) o registro de pessoas que moravam ou exerciam atividades produtivas ou comerciais na zona de autossalvamento, isto é, na região a jusante da Barragem 1, que se rompeu, em Brumadinho, em uma extensão de até 10 quilômetros, definida no Plano de Ação Emergencial das Barragens de Mineração. O objetivo é ampliar a ajuda humanitária emergencial aos atingidos pela tragédia de 25 de janeiro no município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme balanço apresentado na noite passada pela Defesa Civil de Minas Gerais, 157 mortes já foram confirmadas e 134 vítimas, identificadas. Ainda estão desaparecidas 182 pessoas.
A informação foi dada hoje (8) pelo líder do Grupo de Resposta Imediata e diretor da Vale, Claudio Alves.”Além dos R$ 100 mil que os representantes dos falecidos e desaparecidos já começaram a receber”, a Vale doará R$ 50 mil para cada morador, e R$ 15 mil para cada produtor ou comerciante daquela área, mesmo que não tenham sido atingidos pelos rejeitos’, informou Alves.
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Para fazer o registro, é preciso comparecer, a partir de segunda-feira (11), à Estação de Conhecimento de Brumadinho, com documentos pessoais que comprovem a relação com a área da zona de autossalvamento. Claudio Alves ressaltou que a doação se destina a um morador por casa. O procedimento é o mesmo para aqueles que desenvolviam atividade produtiva comercial ou rural na zona de autossalvamento: ir até a Estação de Conhecimento e apresentar documentos que comprovem a atividade.
“Nos dois casos, uma vez confirmadas as informações necessárias, o dinheiro será depositado em conta bancária em até sete dias úteis, após o registro ser aprovado”, observou Alves. Segundo ele, não se trata de uma antecipação da indenização, e sim de uma doação de caráter humanitário.
Alves disse que, além dessas doações, que são fundamentais para garantir a segurança dos atingidos pela tragédia, a Vale promove outras ações de assistência e acolhimento à população e aos parentes dos atingidos, com participação de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e voluntários. (Agência Brasil)