Correio de Carajás

Vacinação contra a Covid-19: veja o que se sabe sobre os planos de cada país

O Reino Unido anunciou, nesta quarta-feira (2), que deve começar a vacinar sua população na semana que vem contra a Covid-19. Profissionais de saúde deverão estar entre os primeiros a serem vacinados.

A Rússia já havia anunciado a imunização de equipes de saúde e, ao mesmo tempo, da população como um todo. Nesta quarta, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que a vacinação em massa comece na próxima semana.

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou, na segunda (1°), que idosos, profissionais da saúde e indígenas terão prioridade de imunização, mas ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas.

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Veja, abaixo, o que se sabe sobre os planos de vacinação contra a Covid-19 de cada país que já fez anúncios:

Brasil

Ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas no Brasil.

No dia 1° de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou os primeiros pontos da estratégia “preliminar” para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com a pasta, o plano será dividido em quatro etapas de vacinação:

  • Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
  • Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
  • Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).
  • Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

O governo não prevê vacinar toda a população do país no ano que vem. Em nota, a pasta da Saúde informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em 2021.

Alemanha

O país deve preparar a vacinação de 450 mil habitantes de Berlim até a metade de dezembro, segundo anúncio feito no fim do mês passado. Centros de vacinação estão sendo criados em diferentes regiões da Alemanha, e o objetivo é fazer 20 mil aplicações por dia – mas apenas em idosos e pessoas que pertencem a grupos de risco, como diabéticos, obesos e hipertensos.

Os centros de vacinação devem ficar abertos sete dias por semana, das 9h às 19h. O governo pretende convocar enfermeiros aposentados, estudantes de medicina, recepcionistas e agentes de segurança para auxiliar na campanha, segundo a emissora “RFI”.

Depois, as vacinas serão dadas pelos médicos em seus consultórios.

China

A CoronaVac está sendo desevolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan — Foto: EPA
A CoronaVac está sendo desevolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan — Foto: EPA

Não se sabe exatamente quantas nem quais pessoas já receberam ou irão receber uma vacina contra a Covid-19 na China, que desenvolve vários imunizantes.

Segundo a rede britânica BBC, as vacinas da estatal Sinopharm e da Sinovac, ambas ainda na última fase de testes, têm sido aplicadas em profissionais de saúde, integrantes das equipes de controle da pandemia, funcionários públicos que atuam nas fronteiras do país, empregados de empresas estatais e outras pessoas.

No início de outubro, a Sinopharm disse que centenas de milhares de pessoas já haviam recebido suas vacinas candidatas, segundo o jornal americano “The New York Times” noticiou no início de outubro.

A estatal tem dois imunizantes na corrida: um é produzido por seu laboratório em Pequim e o outro, em Wuhan, cidade onde os primeiros casos de Covid-19 do mundo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS).

Já a Sinovac, que testa sua candidata no Brasil, disse que mais de 10 mil pessoas em Pequim foram imunizadas com sua vacina, também de acordo com o “The New York Times”.

Além dessas, outras cerca de 3 mil pessoas – quase todos os funcionários da empresa – e suas famílias também aceitaram tomar a vacina, de acordo com a Sinovac.

Uma outra candidata, da CanSino, foi aplicada em militares, de acordo com a rede britânica BBC.

Polônia

Um dos países mais atingidos pela segunda onda europeia, a Polônia anunciou, no dia 2 de dezembro, que assinou contratos para adquirir 45 milhões de doses de vacinas de empresas como a Pfizer, a BioNTech, a AstraZeneca e a Johnson.

O premiê polonês, Mateusz Morawiecki, disse esperar que as vacinas fiquem disponíveis até fevereiro do ano que vem. A estratégia de vacinação do país deve ficar pronta no fim desta semana.

Reino Unido

No dia 2 de dezembro, o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou que idosos e pessoas em casas de repouso, incluindo funcionários, seriam os primeiros na fila de imunização. Profissionais do NHS, o serviço público de saúde do Reino Unido, também estão no topo da lista, segundo Hancock.

Rússia

No dia 2 de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que a vacinação em massa comece na próxima semana, segundo a agência estatal de notícias Ria Novosti.

No fim de novembro, a Rússia havia anunciado a liberação de lotes da vacina Sputnik V para militares e ao menos um hospital.

Quando registrou a vacina, em agosto, o país disse que começaria a vacinar toda a população em outubro, mas, em novembro, o laboratório que desenvolveu e produz o imunizante afirmou que a vacinação poderia começar entre janeiro e fevereiro de 2021.

Até agora, os lotes da Sputnik V que já foram entregues em várias partes da Rússia são apenas para grupos de risco, principalmente médicos e professores, segundo o governo.

A segunda vacina produzida em solo russo, a EpiVacCorona, tem previsão de entrar em “circulação civil” no dia 10 de dezembro. A vacinação em massa com o segundo imunizante está prevista para o ano que vem, segundo a agência de notícias estatal Tass.

(Fonte:G1)