Correio de Carajás

Usuários de transporte reclamam após empresa segurar ônibus na garagem

Atualização 19 de julho de 2018 por

O clima era  de impaciência nas paradas de ônibus de Marabá nesta manhã, quarta-feira (18), enquanto usuários do transpor público da cidade percebiam que seria mais um dia complicado para se deslocar.

Ontem, terça-feira (17), entre 5 horas e 8 horas da manhã, os motoristas realizaram uma paralisação notificada às empresas Nasson Tur Ltda. e TCA Transportes Coletivos de Anápolis Ltda. Após três horas de manifestação, ao chegarem nos portões da garagem, foram impedidos pela direção das empresas de assumirem os postos.

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Conforme Geraldo Dean Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, Transporte de Passageiros, Interestaduais, Intermunicipais, Urbanos, Cargas, Locadoras e Comércio do Sul e Sudeste do Pará, o Sintrarsul, hoje, por volta de 9 horas, alguns veículos voltaram a rodar, mas não todos.

Para o vigilante Adonias de Oliveira, a situação atrapalhou a rotina. “Raramente cumprem horários, mas está um caos sem coletivo. A gente depende deles e fica difícil assim. Essa empresa deveria era sair e entrar outra ou alguém tomar uma decisão que seja satisfatória para todos”, afirmou, acrescentando que os ônibus são velhos e sujos e estão em péssimas condições. “Não tem ônibus suficiente. Estou uma hora e 20 na parada e não tem coletivo”.

Nilma Fonseca chegou de viagem e esperava pegar um ônibus da rodoviária para casa, na Folha 28. Acabou surpresa. “Viajei pra Belém, cheguei agora e não estava sabendo da paralisação. Situação triste, não melhora o serviço, a gente fica horas e horas aguardando, a gente sofre, principalmente no final de semana, não passa ônibus nunca”.

Kelvi dos Santos Paz esperava que o serviço se normalizasse após a paralisação anunciada ontem, mas não viu isso acontecer. “Avisaram da paralisação até às 8 e quando fomos ver estava parado o dia todo. Está difícil ir e voltar para o trabalho, estou dependendo de arranjar carona com amigos. O transporte é ruim e a gente tem que se conformar com o que tem”.

Jéssica Guimarães reclama, ainda, que o custo é alto. “Eu acho os ônibus em condições péssimas, a demora na parada, a passagem só aumenta, está ficando bem caro, e ainda há o desconforto dos ônibus que quebram e às vezes estão muito cheios”.

Pedro Pedreira defende a mudança da operadora do serviço. “Essa empresa em Marabá não era nem pra existir mais. Está sucateada, é empresário que não tem responsabilidade com funcionários e o usuário fica à mercê dessa situação. Já presenciei eles deixando os cadeirantes porque não funciona o sistema de acessibilidade. Funcionário trabalha descontente e trata usuário mal. É um caos”, finalizou.

O Correio de Carajás tentou nesta manhã contato com o representante das empresas, João Martins, mas os telefonemas não foram atendidos. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)