Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (28) no Carajás Centro de Convenções, em Marabá e, mais tarde, à beira da estrada, os representantes dos motoristas que realizam bloqueio de cargas na Rodovias BR-155, na entrada da cidade, concordaram em liberar a passagem de 300 mil litros de combustível (ou 13 caminhões-tanque) ao dia para abastecimento desta região.
De acordo com Cyro Tida, subdelegado do Sindicato dos Combustíveis de Derivados do Petróleo, Gás Natural, Bicombustíveis do Pará (Sindicombustíveis-PA), representantes dos postos, entidades e autoridades chamaram os grevistas para diálogo, argumentando que serviços essenciais estavam comprometidos. Um comitê de gestão de crise foi criado ainda na manhã de hoje, com representantes dos postos de combustível, Acim, Prefeitura, DMTU, PRF, PM e outros para tentar negociar uma solução. A primeira reunião foi ainda pela manhã, na sede da Acim.
“Eles atenderam e agora Marabá vai ser abastecida do combustível essencial para saúde, segurança pública, educação, o mínimo. Se necessitamos de 1 milhão de litros, por exemplo, Marabá vai ter 25% disso atendido para não deixar os serviços pararem e gerar risco de morte à população”.
Leia mais:A relação com as placas dos caminhões que irão transportar o combustível será repassada aos próprios caminhoneiros, que farão o controle diário na barreira. Os motoristas bloqueiam, no Distrito Industrial de Marabá, a saída das Distribuidoras BR e Raízen (Shell), que estão com pelo menos 2 milhões de litros de combustível estocados, metade de Diesel, segundo apurado pelo Correio de Carajás na manhã de hoje.
Desde ontem, domingo (27), que os postos da cidade estão secos. O presidente Michel Temer anunciou novas medidas acertadas com os caminhoneiros para pôr fim à paralisação da categoria, mas nem todos os movimentos aceitaram a decisão e já são 500 pontos bloqueados em todo o país.
Neste início de noite de segunda-feira, depois do anúncio do acordo, já há filas quilométricas em muitos postos do centro da cidade. Já há caminhões tanque sendo carregados no DIM. O abastecimento será limitado nos postos neste primeiro momento, prometem os comerciantes, para atender o máximo de veículos. (Luciana Marschall – com informações de Evangelista Rocha)