Correio de Carajás

Unifesspa sedia nesta quinta a 3ª versão do “Julho das Pretas”

O “Julho das Pretas” defende um ambiente educacional mais equitativo e antirracista/ Foto: Ilustração Free pik

Em celebração ao Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) sedia nesta quinta-feira, 25, o “III Julho das Pretas e Diálogos Afro-Brasileiros e Indígenas”. O evento, que ocorre no Hall da Unidade III da universidade, visa promover um ambiente educacional mais equitativo e antirracista por meio da discussão e proposição de políticas voltadas para a inclusão de pessoas negras e indígenas.

O “Julho das Pretas” surge como um espaço essencial para a construção coletiva de estratégias contra o racismo, promovendo um diálogo frutífero entre acadêmicos, movimentos sociais e a comunidade em geral. Ao longo das últimas décadas, os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) têm desempenhado um papel crucial na luta antirracista, não apenas em termos de ensino e pesquisa, mas também na organização de ações que buscam a igualdade e a justiça social.

PROGRAMAÇÃO

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O evento começa às 8h30 com a elaboração de um Plano de Trabalho voltado para as questões afro-brasileiras e indígenas, que será discutido no auditório central da Unidade III. Este momento é destinado à construção de estratégias que visam integrar e fortalecer as políticas institucionais da Unifesspa em relação a temas de equidade racial e étnica.

Às 16 horas, o público terá a oportunidade de participar da roda de conversa intitulada “Mulheres Negras e Indígenas em Movimentos”, também realizada no Hall do prédio central da Unidade III. Este diálogo busca destacar o papel fundamental das mulheres negras e indígenas nos movimentos sociais, suas conquistas e os desafios enfrentados em suas lutas por justiça e reconhecimento.

Das 15 às 22 horas, o evento contará com a Feira Preta, que oferecerá uma programação diversificada, incluindo exposições de artes visuais, apresentações musicais, dança, performance e outras intervenções artísticas. Além disso, haverá vendas de arte e artesanato, promovendo a cultura e a criatividade negra e indígena. A feira é uma oportunidade para o público conhecer e apoiar o trabalho de artistas e empreendedores locais.

CONSTRUÇÃO COLETIVA

A realização do “III Julho das Pretas” reflete o compromisso da Unifesspa com a criação de um ambiente educacional inclusivo e antirracista. Segundo a organização do evento, a participação da comunidade acadêmica e do público externo é crucial para fortalecer a luta contra o racismo e promover a equidade. “Este evento é uma oportunidade para a Unifesspa se engajar ativamente na discussão e na proposição de políticas que promovam a inclusão e a justiça social”, afirmam os organizadores.

O “III Julho das Pretas e Diálogos Afro-Brasileiros e Indígenas” pretende ser mais do que uma comemoração; é um marco na trajetória da Unifesspa e um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O evento promete não apenas celebrar a diversidade, mas também incentivar a reflexão e a ação em torno das questões raciais e étnicas que ainda permeiam a realidade brasileira.

(Thays Araujo)