Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) teve por objetivo analisar a estrutura econômica do sudeste do estado, para, assim, revelar a gestores públicos e privados, e para a sociedade civil de modo geral, qual a estrutura do interior do Pará.
O professor do curso de economia e coordenador do projeto, Giliad de Souza Silva, explica que essa parceria entre o Laboratório de Contas Regionais da Amazônia (Lacam) e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapespa) é mostrar como uma atividade impacta outras atividades, com a variação de emprego, alteração de salário, entre outras coisas.
“Vamos entregar dois produtos. O primeiro é uma matriz de insumo para o sudeste paraense e o segundo uma tabela de recursos e usos. A matriz de insumo é um instrumento matemático, que é utilizado por boa parte das nações e que dá a possibilidade de montar a estrutura econômica do território analisado”.
Leia mais:O economista afirma que com isso é possível dimensionar qual efeito que uma atividade econômica tem na economia como um todo, no sentido de demanda, produção de emprego, salário e lucro.
A tabela de recursos e usos, o outro produto a ser entregue, é uma informação de contas nacionais, que através de uma estimativa bem próxima da realidade oferece informações como, volume total para a produção agropecuária, quantidade de produtos que elas produzem, valores totais produzidos pela pecuária, indústria, comércio e serviço.
“A partir dessa base de dados é possível fazer estimativas que têm um enorme potencial para o planejamento público e privado. No Brasil, a gente tem mais ou menos 14 ou 15 estados que fazem esse tipo de exercício, que é a construção de tabela de recursos e usos do estado. E apenas dois deles fizeram em parceria com universidade. Contudo, em ambos os casos a universidade foi da capital. Essa é a primeira vez na história do Brasil que esse instrumento é feito com uma universidade do interior”, comemora.
Para o reitor da Unifesspa, Francisco Ribeiro, a parceria com a Fapespa tem sido grandiosa através de projetos como este. “A gente não conhece a economia da nossa região. Como é que nós vamos propor políticas para cá? Então, essa conjuntura da universidade trouxe doutores e especialistas das mais diversas áreas e, principalmente, agora com esse projeto na área econômica e contábil”. (Ana Mangas)