Correio de Carajás

Uma a cada 10 pessoas terá diabetes em 2050, aponta estudo global

Pesquisa publicada na The Lancet estima que 1,3 bilhão de pessoas terão diabetes nos próximos 30 anos. Casos são impulsionados por obesidade

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O número de pessoas diagnosticadas com diabetes mais do que dobrará nos próximos 30 anos no mundo, de acordo com pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Estima-se que 1,3 bilhão de pessoas terão a doença até 2050.

A explosão de casos de diabetes está sendo impulsionada pelo aumento da obesidade e pelo envelhecimento da população, segundo mostra pesquisa publicada na quinta-feira (22/6), na revista The Lancet.

O estudo foi feito a partir de dados de 204 países e territórios coletados entre 1990 e 2021. A análise do comportamento epidemiológico da doença permitiu projetar o cenário para as próximas décadas.

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De acordo com o levantamento, o crescimento global do diabetes será de 9,8%. Estima-se que o Norte da África e o Oriente Médio serão os locais mais afetados, com as taxas de prevalência chegando a 16,8%. Os casos devem aumentar 11,3% na América Latina e no Caribe.

Atualmente, existem 529 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo. Mais de 96% dos casos acumulados até 2050 serão de diabetes tipo 2, cuja causa está diretamente relacionada a sobrepeso, obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados.

Situação alarmante

Os autores do estudo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates classificam a estimativa como “alarmante”, reforçando problemas sérios de sáude que usualmente são desenvolvidos após o diagnóstico.

“A rápida taxa de crescimento do diabetes não é apenas alarmante, mas também desafiadora para todos os sistemas de saúde do mundo, especialmente considerando como a doença também aumenta o risco de doença cardíaca isquêmica e derrame”, disse a principal autora do artigo, Liane Ong.

A diabetes descontrolada está relacionado a complicações como doença renal, problemas arteriais, doenças cardíacas e derrames, problemas nos olhos – glaucoma, catarata, retinopatia –, sensibilidade da pele, alterações do humor, ansiedade, depressão e disfunções sexuais.

(Fonte: Metrópoles)