Correio de Carajás

Um homicídio a cada 72 horas em Marabá

Depois de dois meses razoavelmente tranquilos em relação à ocorrência de homicídios em Marabá, o mês de maio apresenta cinco assassinatos, além de uma intervenção policial que resultou na morte de dois foragidos. Mas falando apenas dos homicídios, os números mostram que ocorre uma execução a cada 72 horas no município.

Os primeiros casos se registraram na área de ocupação Residencial Magalhães, no São Félix, na madrugada do dia 7. Na ocasião Weliton Ribeiro de Sales, de 32 anos, e Sidney Alves Furtado, de 40, foram assassinados a tiros por dois homens que estavam em uma moto. Até o momento ninguém foi preso.

No dia 11, à tarde, o jovem Marcos Mateus Mascarenhas Silva, de 25 anos, que era funcionário de um lava jato na Folha 20, foi assassinado quando bebia com amigos perto de casa em um bar na Folha 21, mas ninguém soube dar informações sobre a autoria do crime. Dois homens em uma moto praticaram o crime.

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Depois dele, no dia 13, Reginaldo Souza de Assis, 39 anos, foi encontrado morto, provavelmente por espancamento, na beira do Rio Itacaiúnas, no local conhecido como Balneário Gameleira, nas proximidades do bairro Vale do Itacaiúnas. Ele era usuário de drogas ilícitas e envolvido em outros pequenos delitos, segundo apurou a Polícia Militar no local onde o corpo foi achado.

Mas certamente o caso de maior repercussão foi a execução do comerciante Astro Pereira Oliveira, de 48 anos, que era conhecido como “Astrinho”, morto a tiros na manhã do dia 11, nas margens da Rodovia BR-222, em frente ao Residencial Tiradentes, quando saia de casa em direção ao seu comércio localizado na Rua Murumuru, em Morada Nova. Astrinho havia sido preso no dia 18 de março, acusado de envolvimento em uma tentativa de homicídio, mas no último dia 16 de abril conseguiu o direito de responder ao crime em liberdade.

SAIBA MAIS

Todos esses casos de homicídios estão contados em pilhas de documentos na mesa do delegado Toni Vargas, que assumiu recentemente o Departamento de Homicídios. O delegado é conhecido pela forma metódica e paciente com que atua em casos complexos. Aliás, nos últimos dias, o delegado tem evitado aparecer em canais de TV local por entender que o momento pede mais trabalho do que palavras.

(Chagas Filho)