Correio de Carajás

UBER abre para cadastramento

Desde a semana passada, a Uber vem realizando o cadastramento de condutores interessados em se tornar parceiros da empresa na cidade de Marabá. No entanto, isso tem desagradado a outras categorias do transporte urbano, como taxistas, mototaxistas e taxi lotação. A principal reclamação é sobre a regularização dos condutores Uber, que não seguiriam as mesmas regras dos demais profissionais que atuam na área.

“Marabá tem uma lei específica que trata sobre o transporte de passageiros remunerado, no caso, o táxi. Esses carros têm que ter um equipamento chamado taxímetro e ele tem aferição feita pelo Inmetro”, informou o presidente do Sindicato dos Taxistas de Marabá, João Batista, explicando que qualquer pessoa que trabalhe com transporte de passageiros sem taxímetro ou regularização junto à prefeitura é considerada clandestina.

No entanto, quem trabalha com a Uber não precisa de licença de órgãos públicos para atuar. O motorista apenas faz seu cadastro no aplicativo e encaminha os documentos necessários para a empresa, como CNH, e certidão de antecedentes criminais, segundo informa o site da empresa.

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João ainda criticou o modo de funcionamento do serviço da Uber. “Esse serviço é um grupo lá dos Estados Unidos que está enchendo os cofres de dinheiro às custas de pessoas no mundo inteiro. Eles começam fazendo um trabalho com o preço lá embaixo. A intenção deles é quebrar um sistema que já está estabelecido”, opina, dizendo que a empresa tem intenção de falir os táxistas para monopolizar o serviço e manipular o preço nas cidades onde atuam.

O CORREIO também questionou o presidente do sindicato sobre possíveis manifestações contra a efetividade do serviço no município. No entanto, ele esclareceu que antes a categoria deve aguardar a implantação da Uber. Caso não sigam os mesmos padrões exigidos aos taxistas, a categoria vai cobrar providência do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano de Marabá (DMTU).

“Nós vamos questionar sim, com certeza. Vamos fazer manifestação, porque no Brasil a gente tem até demagogia política, com políticos dizendo que isso é bom para a população. Seria bom se fosse um serviço legal e transparente”, afirma, acusando que os próprios motoristas da Uber são prejudicados. “O que eles recebem financeiramente é muito pouco”.

Concorrência

Para o mototáxi Domingos Monteiro da Silva, o aumento da concorrência entre serviços não será positivo em Marabá. “Eu acho que esse não é o momento para a Uber se instalar aqui na nossa cidade, porque a concorrência aqui, de transporte alternativo, é muito grande. Além de ter o mototaxi clandestino, tem as lotações clandestinas, por isso sou contra”, disse.

Ele contou que muitos colegas de trabalho acordam muito cedo e saem tarde do trabalho para poder conseguir manter uma renda mensal satisfatória devido à crise econômica. Para o taxista Rogean Santos da Silva, que trabalha na profissão há seis anos em Marabá, a chegada da Uber representa um concorrência desleal com os profissionais do setor. “A confusão e o prejuízo que isso está trazendo para a nossa categoria vai ser grande. Já foi um baque a questão do táxi lotação, imagina o Uber se instalando na cidade. Teremos prejuízo na certa”, frisa.

Ele ainda disse que é uma concorrência desleal, uma vez que os taxistas pagam vários impostos, e os motoristas da Uber não. Embora o condutor parceiro da multinacional não precise arcar com o pagamento de taxas às prefeituras, ele precisa pagar o ICMS integral na hora de comprar um carro zero. Diferente do taxista, que consegue redução de até 30% no custo do veículo.

Aprovação

Usuário do transporte público, José Edilson Alves de Sousa, gostou da novidade ao ser informado que o Uber pode se instalar em Marabá em um futuro próximo. Para ele, o aumento da concorrência vai ser bom para a cidade e talvez até um incentivo para que táxis, mototaxis e até lotações baixem os preços. “Eu gastei sete passagens de R$4,25 hoje [no táxi lotação]. A população de Marabá vive muito carente, sendo que os coletivos são péssimos”. (Nathália Viegas com informações de Evangelista Rocha)

Desde a semana passada, a Uber vem realizando o cadastramento de condutores interessados em se tornar parceiros da empresa na cidade de Marabá. No entanto, isso tem desagradado a outras categorias do transporte urbano, como taxistas, mototaxistas e taxi lotação. A principal reclamação é sobre a regularização dos condutores Uber, que não seguiriam as mesmas regras dos demais profissionais que atuam na área.

“Marabá tem uma lei específica que trata sobre o transporte de passageiros remunerado, no caso, o táxi. Esses carros têm que ter um equipamento chamado taxímetro e ele tem aferição feita pelo Inmetro”, informou o presidente do Sindicato dos Taxistas de Marabá, João Batista, explicando que qualquer pessoa que trabalhe com transporte de passageiros sem taxímetro ou regularização junto à prefeitura é considerada clandestina.

No entanto, quem trabalha com a Uber não precisa de licença de órgãos públicos para atuar. O motorista apenas faz seu cadastro no aplicativo e encaminha os documentos necessários para a empresa, como CNH, e certidão de antecedentes criminais, segundo informa o site da empresa.

João ainda criticou o modo de funcionamento do serviço da Uber. “Esse serviço é um grupo lá dos Estados Unidos que está enchendo os cofres de dinheiro às custas de pessoas no mundo inteiro. Eles começam fazendo um trabalho com o preço lá embaixo. A intenção deles é quebrar um sistema que já está estabelecido”, opina, dizendo que a empresa tem intenção de falir os táxistas para monopolizar o serviço e manipular o preço nas cidades onde atuam.

O CORREIO também questionou o presidente do sindicato sobre possíveis manifestações contra a efetividade do serviço no município. No entanto, ele esclareceu que antes a categoria deve aguardar a implantação da Uber. Caso não sigam os mesmos padrões exigidos aos taxistas, a categoria vai cobrar providência do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano de Marabá (DMTU).

“Nós vamos questionar sim, com certeza. Vamos fazer manifestação, porque no Brasil a gente tem até demagogia política, com políticos dizendo que isso é bom para a população. Seria bom se fosse um serviço legal e transparente”, afirma, acusando que os próprios motoristas da Uber são prejudicados. “O que eles recebem financeiramente é muito pouco”.

Concorrência

Para o mototáxi Domingos Monteiro da Silva, o aumento da concorrência entre serviços não será positivo em Marabá. “Eu acho que esse não é o momento para a Uber se instalar aqui na nossa cidade, porque a concorrência aqui, de transporte alternativo, é muito grande. Além de ter o mototaxi clandestino, tem as lotações clandestinas, por isso sou contra”, disse.

Ele contou que muitos colegas de trabalho acordam muito cedo e saem tarde do trabalho para poder conseguir manter uma renda mensal satisfatória devido à crise econômica. Para o taxista Rogean Santos da Silva, que trabalha na profissão há seis anos em Marabá, a chegada da Uber representa um concorrência desleal com os profissionais do setor. “A confusão e o prejuízo que isso está trazendo para a nossa categoria vai ser grande. Já foi um baque a questão do táxi lotação, imagina o Uber se instalando na cidade. Teremos prejuízo na certa”, frisa.

Ele ainda disse que é uma concorrência desleal, uma vez que os taxistas pagam vários impostos, e os motoristas da Uber não. Embora o condutor parceiro da multinacional não precise arcar com o pagamento de taxas às prefeituras, ele precisa pagar o ICMS integral na hora de comprar um carro zero. Diferente do taxista, que consegue redução de até 30% no custo do veículo.

Aprovação

Usuário do transporte público, José Edilson Alves de Sousa, gostou da novidade ao ser informado que o Uber pode se instalar em Marabá em um futuro próximo. Para ele, o aumento da concorrência vai ser bom para a cidade e talvez até um incentivo para que táxis, mototaxis e até lotações baixem os preços. “Eu gastei sete passagens de R$4,25 hoje [no táxi lotação]. A população de Marabá vive muito carente, sendo que os coletivos são péssimos”. (Nathália Viegas com informações de Evangelista Rocha)