Correio de Carajás

Tutora de cachorra machucada clama pela investigação do caso

Ela suspeita que um vizinho atacou o animal com um tijolo; Meg perdeu um olho e teve a visão do outro prejudicada

Meg passou por cirurgia para extração de um olho; o outro também foi prejudicado

Desde segunda-feira (17), Francisca Batista Lima aguarda que uma equipe de policiais civis vá até a rua onde ela mora, na Folha 7, Nova Marabá, para iniciar uma investigação que possa desvendar o que ocorreu com a sua cachorrinha, uma Shih Tzu, chamada Meg, de cinco anos de idade.

No início da semana, Francisca registrou um boletim de ocorrência denunciando que Meg possivelmente foi atacada por um vizinho, que teria utilizado um tijolo para agredi-la. A cachorra perdeu um dos olhos e teve a visão do outro reduzida. Na delegacia, a tutora chegou a questionar quando o suspeito seria intimado e se haveria alguma audiência, mas não recebeu resposta conclusiva.

Ao Correio de Carajás, Francisca relatou que o homem se mudou com a companheira para os fundos da casa dela há aproximadamente um ano. Desde então, tem tido uma relação conturbada com ele.

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Na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), para onde foi encaminhada, ela relatou que o homem costuma se esconder para observá-la quando ela está no quintal lavando a louça com roupas íntimas, como o pijama que utiliza para dormir. Ela conta já tê-lo flagrado nessa situação em duas ocasiões, o que a intimida.

Sobre a cachorra, ela afirma que saiu de casa na noite de segunda, por volta das 21 horas, e retornou às 21h40. Ao chegar, encontrou a cachorrinha caída na lama do quintal, com muito sangue no rosto. Ao averiguar o quintal da residência, a mulher localizou um tijolo que também tinha sangue. Para ela, o objeto foi utilizado para agredir o animal. Por fim, Francisca diz ter encontrado uma mancha de sangue também próxima à cerca que divide o quintal dela e do vizinho. A mulher imediatamente suspeitou do homem porque a cachorra fugiu em outras ocasiões e entrou no quintal dele, que já havia reclamado da invasão do animal.

Francisca relata que chegou a ir na casa do vizinho questioná-lo, mas ele se recusou a atendê-la. A esposa do homem, no entanto, declarou que ouviu a cachorra gritando, mas que ela não foi agredida por ninguém da família, insinuando que o animal pudesse ter sido atacado por uma cobra.

Francisca levou a cachorra ao veterinário para ser atendida. Também procurou, no mesmo dia, a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, mas foi orientada a ir à Deam no dia seguinte, em decorrência das alegações sobre estar sendo observada frequentemente pelo vizinho. Até agora, diz, ninguém esteve no endereço dela, tampouco a convocou para qualquer audiência. “Minha cachorra está sofrendo muito e eu não tenho psicológico pra nada. Quero ajuda para responsabilizar quem espancou minha cachorra”, diz, acrescentando que o animal está traumatizado e não fica mais sozinho. O Correio de Carajás tentou falar com a pessoa apontada pela tutora como suspeita, mas não teve retorno.

(Da Redação)