Mais de 938 mil turistas visitaram o Pará no ano passado, gerando mais de R$ 662 milhões em divisas para a economia do Estado. Os números foram apresentados durante a divulgação do Balanço Econômico do Turismo no Pará, na noite desta sexta-feira (16), como parte da programação da 11ª edição da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), no Hangar – Convenções e Feiras. O levantamento é resultado de um trabalho de pesquisa feito em parceria pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e o Departamento Intersindical de Estatística Estudos Socioeconômicos (Dieese-Pa).
“A pesquisa é fundamental para nos mostrar um retrato do cenário atual e também como referência para nos apontar caminhos e direções que devem ser seguidas, onde devemos fortalecer o trabalho, que aspectos são desafios, quais as melhores alternativas e soluções para o desenvolvimento do turismo e fortalecimento de toda a sua cadeia produtiva”, explica o secretário de Turismo do Pará, Eduardo Costa.
“Um crescimento de mais de 34% no número de turistas e aumento de 35% na receita na comparação com 2021, nos aponta um caminho ainda de retomada, após o cenário pós-pandêmico. Em 2019, recebemos pouco mais de 1 milhão de turistas. Ainda estamos um pouco aquém, mas em 2023 devemos nos aproximar ou até mesmo superar essa marca. É a nossa meta para este ano”, garante o titular da pasta do turismo.
Leia mais:Do total de 938 mil turistas, 900 mil foram turistas nacionais e 38 mil turistas internacionais. “Em 2022, o Pará alcançou a marca de 938.690 turistas em visita ao seu território, o que compreende um resultado positivo como efeito das ações de planejamento que envolve políticas de desenvolvimento do setor. O que se observa é um quantitativo que corrobora com a realidade do processo econômico e estrutural do setor de turismo do Estado”, afirma o estatístico da Setur, Admilson Alcântara.
O estudo também levou em consideração o mercado de trabalho formal no estado do Pará, o que engloba setores ligados ao Turismo como transportes, auxiliares do transporte, alojamento ou hospedagem (Hotéis e similares), alimentação (restaurantes, bares, lanchonetes e outros), aluguel de transporte, agência de viagens, cultura e lazer.
O supervisor técnico do Dieese-PA, Everson Costa, explica que o turismo depende de um cenário econômico favorável. “Cenário esse que agora começa a dar uma respirada. De 2020 a 2022, foi um tempo muito difícil. Anos com custo muito pesado, o setor de serviços principal responsável no turismo tentando restabelecer a ordem. Temos um 2023 e 2024 otimistas, mas ainda nebulosos. Precisamos de investimentos, crédito, capacitação profissional, existe uma trajetória num cenário mais favorável para que a gente possa olhar o turismo com projeções ainda maiores”, afirma.
“Por mais capacidade que o setor de serviços tenha de reinvenção e dinamizar a economia, ele precisa de crédito. E com uma taxa básica de juros de 14% isso fica inviável. O cenário hoje já favorece a queda desses juros. Se você tem condições de oferecer para atividades que fomentam o turismo um crédito mais em conta, você estimula consumo, redução de preço, geração de emprego e renda. O turismo emprega gente e tem capacidade de trazer muitas pessoas de volta ao mercado de trabalho”, conclui Everson Costa.
Metas – Para o ano de 2023, o Estado do Pará espera receber 1,044 milhão de turistas, sendo 990 mil brasileiros e 54 mil estrangeiros, ou seja, uma variação de 10% do volume de turistas nacionais e de 39,9% do volume dos turistas internacionais, tomando como base o ano de 2022. Em termos de receita, a meta do turismo paraense é que sejam gerados R$ 750 milhões, isto é, uma variação de 13,3% da receita em reais.
(Agência Pará)