📅 Publicado em 06/12/2025 14h52
A cidade de Marabá acordou debaixo de forte temporal na madrugada e manhã deste sábado (6), com chuva intensa que provocou alagamentos em vários bairros e vias importantes. Mais uma vez, a exemplo de outras ocasiões recentes, a cidade aparenta estar despreparada para o inverno e até ruas que, teoricamente, já estariam livres de alagamentos, tiveram casas e comércio tomados por lama.
A reportagem do Correio de Carajás esteve em alguns desses pontos e destaca as ocorrências da: Avenida Antônio Vilhena, Avenida Boa Esperança e ruas dos bairros Laranjeiras e Liberdade; Bairro Amapá; diversas folhas da Nova Marabá, com destaque para a Folha 33, vias marginais à rodovia Transamazônica, entre outros.
Moradores relataram que a água ultrapassou 50 centímetros em alguns trechos, invadindo residências e estabelecimentos comerciais e deixando veículos ilhados por várias horas.
Leia mais:Segundo medições do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e estações particulares, entre 0h e 12h choveu de 35 a 48 mm nas áreas mais atingidas – volume que, somado às precipitações dos últimos dias, saturou o solo e facilitou os alagamentos rápidos.
Resto do dia
O tempo segue instável em Marabá. De acordo com o Climatempo e o INMET, há previsão de pancadas de chuva à tarde e possibilidade de novos temporais à noite. Tarde: sol entre nuvens com pancadas isoladas e trovoadas – 6 a 10 mm (probabilidade 80%); noite: chuva moderada a forte em pontos isolados – 8 a 15 mm (probabilidade 90%).
O total esperado para todo o dia 6 pode variar entre 45 e 65 mm, com possibilidade de ultrapassar 70 mm em algumas localidades.
Ouvida pelo portal, a senhora Selma Maria, moradora da Folha 29, se mostrou indignada com mais esta noite de sofrimento, com a sua casa invadida por enxurrada. “A gente quer a presença do prefeito aqui para fazer o trabalho dele. Não adiante ele ter vindo aqui, calçado a rua, e dizer que está trabalhando. Só que esse trabalho que ele fez aqui na Folha 29, realmente ninguém mais pisa na lama, mas a gente sofre é na chuva. A chuva nos prejudica. Eu acordo em toda chuva, às 4 horas da manhã, com a água dentro da minha casa, dando na cintura”, revolta-se a moradora.
Na visão dela, não poderia ser feito um asfaltamento nas ruas, sem antes um trabalho amplo de saneamento, com construção de galerias para escoamento das águas pluviais.
