Correio de Carajás

Três são presos em Marabá em mega operação contra quadrilha do PIX

Policiais na delegacia após as diligências em Marabá

Logo nas primeiras horas desta manhã de quinta-feira (17), autoridades policiais cumpriram mandados em quatro estados, e aqui em Marabá prenderam dois homens e uma mulher em uma mega operação, conjunta, contra a chamada “quadrilha do PIX”. A ação é deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, de onde foram emanadas as ordens judiciais, mas que trabalhou em conjunto com a Polícia Civil do Pará, no caso, com apoio da Superintendência Regional.

As equipes cumpriram nove mandados de prisão preventiva, bem como 10 de busca e apreensão, em Samambaia (DF), Planaltina (GO), Serra (ES), Goiânia (GO) e Marabá (PA). Um dos alvos chegou a se candidatar ao cargo de vereador em Planaltina de Goiás. O portal apurou que um dos homens detidos em Marabá se chama Haylby Vida Nascimento, que atua na cidade como microempresário. As outras duas pessoas são Félix Inácio da Silva e Erivania de Sousa dos Santos.

Haybly Vida Nascimento, Erivania de Sousa dos Santos e Félix Inácio da Silva

Contra ele, havia mandados de busca e apreensão e outro de prisão preventiva. Ele teria alegado, ao ser detido, que tudo não passa de uma mal entendido e que será esclarecido em breve. Já o advogado dele, Ricardo Moura, disse que não poderia comentar sobre o caso, ainda, até que tenha acesso ao teor da investigação.

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Os três suspeitos presos em Marabá seriam parte de uma rede que tem várias ramificações e que atua nas redes sociais com uma variedade de golpes, segundo explicou um dos agentes ao Correio de Carajás. Havia desde o pedido de ajuda via PIX, quanto o oferecimento de vantagens em pretensos “investimentos”, que nunca retornavam. Os bandidos eram ágeis na lavagem do dinheiro, também de formas variadas.

“Patrão do Crime”

A mesma operação, prendeu no Distrito Federal um dos maiores fraudadores do país, na manhã desta quinta-feira (17/8). O suspeito liderava uma organização criminosa investigada pela prática de golpes bancários e lavagem de dinheiro. O prejuízo total estimado é de, aproximadamente, R$ 300 milhões, só na última década.

As investigações apuraram que o líder do grupo criminoso atuava no Distrito Federal, em Goiás e no Pará havia mais de 10 anos, cometendo diversos tipos de crimes de estelionato relacionados a fraudes bancárias, principalmente por meio da invasão de contas, com uso de links falsos ou induzindo à instalação de programas para subtração de valores de pessoas físicas e jurídicas, além de prefeituras.

A polícia detalhou que os demais integrantes da quadrilha auxiliavam, a partir de 2019, na ocultação dos valores decorrentes dos golpes, fosse com a abertura de empresas de fachada ou com a compra de imóveis e veículos de luxo. O líder preso tem antecedentes por formação de quadrilha, furtos qualificados, organização criminosa e posse de droga.

As investigações foram conduzidas pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) e pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural).

Batizada como Big Boss, a operação teve apoio das polícias civis de Goiás, do Espírito Santo, do Pará, bem como do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (NCyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Pela prática de organização criminosa e pelo crime de lavagem de dinheiro, os investigados poderão ser condenados a penas superiores a 15 anos de prisão. Eles também tiveram bens sequestrados pela Justiça.

A operação recebeu o nome de “Big Boss” em razão de o líder da quadrilha ser chamado pelos demais integrantes de “patrão”. (Texto: da Redação/ reportagem: Josseli Carvalho)

Matéria atualizada em 17/08/2023, às 11h