Pelo menos dois policiais do 23º Batalhão de Polícia Militar de Parauapebas foram presos acusados de participação em um esquema de extorsão mediante sequestro, formação de quadrilha ou bando, tráfico de drogas e condutas afins.
Os pedidos de prisão foram formulados pelos delegados Gabriel Henrique Alves, Felipe Oliveira Farias e deferidos pelo juiz Ramiro Almeida Gomes, que responde pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas.
Os presos confirmados, até agora, são os cabos Raimundo Roberto Pacheco de Freitas, Ivanilson Souza Oliveira e Wanderson Menezes Ferreira, mas outros dois civis estão indiciados.
Leia mais:Em consulta ao site do Tribunal de Justiça do Pará, a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS identificou que o comerciante Erivaldo Mota Américo de Oliveira e seu pai, Dorival José Américo de Oliveira, de Marabá, estão no teor da denúncia. Todavia, não há mandado de prisão formulado contra eles.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o major Gledson Santos, comandante do 23º BPM, confirmou a decretação da prisão de Raimundo Pacheco e Ivanilson Oliveira, mas não dos demais policiais. Ele observou que a prisão de ambos havia sido informada a ele nesta quinta-feira. “Outrossim, informo-vos que o CB PM Pacheco enviou por terceiros, nesta data, atestado médico com dispensa de 90 dias e o CB Ivanilson encontra-se de férias, fora do município. Foram realizadas diligências mas os policiais militares não foram encontrados”.
Ivanilson teria pedido dispensa por três meses alegando problemas de ordem psicológica.
Pouco tempo depois, em outra nota sucinta, o major informou que o cabo PM Ivanilson “acabou de se apresentar no quartel e será encaminhado para a delegacia para dar ciência e ser encaminhado para exame no IML, para daí ser apresentado, via ofício, para o comandante local”.
No processo, figuram como denunciantes duas pessoas de iniciais M.C.M. e M.O.S., que teriam sido vítimas de extorsão por parte dos acusados e fizeram a denúncia.
A advogada Lorranny Ribeiro Rosa, que defende os interesses dos policiais Wanderson Menezes e Raimundo Pacheco, explicou que, “por enquanto, não temos nada para manifestar, pois a defesa não foi citada de todas as informações”. Ela ressalvou, no entanto, que a acusação de tráfico de drogas foi imputada apenas a Wanderson e não aos demais indiciados.
A advogada de Erivaldo e Dorival, segundo figura no processo, é Telma Thais Pessoa Galvão Rattes, que não foi encontrada para dar a versão de seus clientes. Foi procurado, mas não respondeu até a publicação desta matéria, o advogado de Ivanilson, Gilmar Moraes. A Reportagem também tentou contato com o corregedor da Polícia Militar da região, coronel Sabá, mas as ligações eram remetidas para a caixa de mensagens. (Ulisses Pompeu)